Processo de privatização também em curso na área de saneamento

Em seminário que debateu a universalização do saneamento básico com controle social, em Belém, no Pará, na última sexta-feira (18), o deputado Givaldo Vieira (PT-ES), presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Câmara, alertou que há um processo de privatização em curso em todo o país.

“A privatização dos serviços de saneamento foi contratada pelo Governo Temer em compensação à renegociação das dívidas milionárias dos estados, e será para garantir a entrega do abastecimento para o capital privado. Portanto, a região Norte, principalmente, corre o risco de iniciar uma onda de demissões no setor, encarecimento das tarifas e priorização dos serviços apenas onde haja retorno financeiro”, salientou Vieira.

O presidente da CDU também destacou que “era para estarmos lutando pela ampliação do saneamento no país. Mas, no momento, estamos lutando contra o retrocesso nesta área vital para a dignidade e saúde pública”.

O seminário, fruto de parceria entre a CDU e a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), reuniu representantes de entidades sindicais, trabalhadores, parlamentares e movimentos sociais da região que, segundo levantamento do Instituto Trata Brasil, possui cerca de 90% de moradores vivendo sem os serviços de coleta e tratamento de água e esgoto.

Um dos encaminhamentos do seminário foi a criação de uma campanha estadual contra a privatização da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) e a viabilização de uma Frente Parlamentar para tratar sobre o assunto na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), conforme sugeriu o deputado estadual Carlos Bordalo (PT-PA). Em março deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluiu o processo de licitação da empresa de consultoria responsável pela elaboração do modelo de privatização de saneamento no Pará.

Presidente da FNU, Pedro Blois, destacou a importância de que seja feito o enfrentamento ao processo de privatização e, para isso, é fundamental que a sociedade civil seja envolvida. “Os seminários regionais têm esse papel de mobilizar as pessoas em busca da política de saneamento público de qualidade”, frisa. Já o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Pará, Bianor Pena disse que um documento será elaborado com argumentos técnicos para cobrar dos governos e parlamentares a defesa do saneamento público com controle social no Brasil.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que menos de 10% da população de Belém tem acesso a saneamento básico. E, enquanto há uma tentativa de privatização da água em estados como Pará e no Rio de Janeiro, estudos mostram que capitais mundiais têm feito o processo contrário. Um deles é a análise do relator das Nações Unidas para água e saneamento, Leo Heller. Segundo apurado, nos últimos 15 anos houve ao menos 180 casos de reestatização do fornecimento de água e esgoto em 35 países, em cidades como Paris (França), Berlim (Alemanha), Buenos Aires (Argentina), Budapeste (Hungria), La Paz (Bolívia) e Maputo (Moçambique).

(AP)

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100