Brasil avança no combate à corrupção, ao contrário da era FHC, diz líder

PTeixeira_tribuna_O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), criticou o PSDB e o DEM por tentar instrumentalizar e transformar a luta contra a corrupção em bandeira política da oposição. Em discurso no plenário da Câmara, lembrou que os dois partidos omitiram-se no combate à corrupção quando eram governo (1995-2002), privatizaram o patrimônio público a preços irrisórios e, além disso, lideram o ranking de políticos cassados por corrupção.

O líder observou que, desde 2000, o DEM (ex-PFL) teve 69 políticos cassados por corrupção e o PSDB, 66. Além disso, lembrou que os estados que mais contratam sem licitação são, coincidentemente, os governados pelo PSDB: Minas Gerais, Pará e São Paulo. “Portanto, nós não queremos qualquer comparação com eles, porque, no quesito ética na política, nós estamos muito distantes”, disse o líder do PT. “Nos quesitos ética e honestidade, o nosso governo não tem o que responder ao do então presidente Fernando Henrique Cardoso”.

Engavetador – Paulo Teixeira observou que, com o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e agora com o de Dilma Rousseff, o Brasil avançou significativamente no combate à corrupção, ao contrário do que houve na época de FHC, quando o assunto era tabu. A começar pelo procurador-geral da República, que era conhecido como engavetador-geral, já que não dava sequência a nenhum processo para apurar denúncias de irregularidades no âmbito do governo.

“Na gestão do presidente Lula, o governo fortaleceu os órgão de controle e contratou funcionários. Em cada órgão governamental há a Controladoria-Geral da República (CGU). E todos que fazem política no Brasil sabem o quanto a Controladoria-Geral da República atua para controlar as contas públicas. Isso foi um feito do governo do presidente Lula”, disse o líder.

O líder petista sublinhou que de 2003 para cá, a partir do governo Lula, instituiu-se uma política efetiva de combate à corrupção, com a integração e reforço dos órgãos dedicados a esta tarefa. “Essa política tem plena continuidade com a presidenta Dilma Rousseff, para apurar o malfeito e punir os responsáveis”.

A Polícia Federal, por exemplo, tem uma atuação republicana, ao contrário da época de FHC. O líder citou o caso Lunus, operação da Polícia Federal deflagrada em março de 2002, “para perseguir pessoas que estavam concorrendo à Presidência da República e beneficiar a candidatura do então candidato tucano ao mesmo cargo, José Serra”.

“Portanto, não há condição de comparação entre esses dois governos”, frisou Paulo Teixeira. “A presidenta Dilma Rousseff tem um claro compromisso com a ética na política. Tem tenacidade, tem disposição de combater o malfeito, como o presidente Lula. E, por essa razão, é reconhecida nas ruas do País como uma pessoa que merece o respeito do povo, como atesta o grau de aprovação que tem”.

Privataria – O líder do PT fez questão de recordar que, entre outras medidas prejudiciais ao País, o governo FHC privatizou a Companhia Vale do Rio Doce a um preço que equivale a um centésimo de seu valor atual no mercado. Para dimensionar o grau de desprezo ao patrimônio público pelos tucanos e demos, Teixeira citou uma gravação em que Ricardo Sérgio de Oliveira, tesoureiro das campanhas de FHC e Serra, disse que estava atuando “no limite da irresponsabilidade”, ao liberar R$ 874 milhões para uma empresa participar da privatização da Embratel, nos anos 90.

Paulo Teixeira citou vários exemplos do compromisso do PT no combate à corrupção. Um deles foi a própria criação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cujo poder alguns setores tentam esvaziar. “O CNJ foi criado pela Emenda nº 45, durante o governo do presidente Lula”, recordou. Em relação à questão do voto aberto no Parlamento, Paulo Teixeira disse que, na tramitação da matéria, o Partido dos Trabalhadores foi favorável à mudança e quase totalidade da bancada integra a Frente Popular pelo Voto Aberto. O próprio projeto que instituiu a ficha limpa teve como relator o então deputado e hoje ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. “Nós temos tido, em nossa tradição e em nossa luta, a luta que fez surgir o Partido dos Trabalhadores, compromisso com a ética na política e com a respeitabilidade”, afirmou o líder do PT na Câmara.

Equipe Informes

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