Motorista da presidência da Caixa Econômica Federal (CEF) por mais de duas décadas, Luis Cláudio Rodrigues, de 48 anos, foi encontrado morto em uma cela de um distrito policial em Brasília. Rodrigues foi detido após bater no carro particular de um policial militar na tarde de sexta-feira (14/07), e foi localizado sem vida três horas depois de ter sido levado para a delegacia. Segundo a Divisão de Comunicação da Polícia Militar do Distrito Federal, as evidências indicam que ele teria cometido suicídio, versão contestada pela família.
Para acompanhar os desdobramentos das investigações sobre o caso, a vice-presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Érika Kokay (PT-DF), acompanha os desdobramentos da investigação da morte do motorista. Para a deputada que já esteve com a família da vítima, é preciso que todas as dúvidas que pairam sobre este caso sejam devidamente esclarecidas.
Segundo a parlamentar, qualquer que sejam as circunstâncias desta morte, a responsabilidade é do Estado, porque ele se encontrava sob a custódia deste. A deputada cita Genival Veloso, um dos maiores peritos do Brasil, que diz que quando um cidadão custodiado pelo Estado falece, é preciso sempre encarar que este óbito está sob suspeita, e a partir de aí utilizar todos os instrumentos necessários para que não paire nenhuma dúvida acerca desta morte.
A vice-presidente da CDHM lembra que a opinião da família não pode ser desprezada. Os familiares é que podem indicar se havia ou não qualquer comportamento suicida do cidadão. E no caso, relata a deputada que esteve com a família e no Instituto Médico Legal (IML) na tarde desta terça-feira (18), o motorista não tinha motivo algum para fazer uma ação contra a própria vida. “Era um sujeito alegre que se preparava para comemorar seu aniversário no último dia 15”, lembrou Kokay.
E nesta quinta-feira (20), às 10 horas, uma nova reunião será feita, dessa vez com o secretário de Segurança Pública, Edval de Oliveira Novaes Júnior, acerca das providências tomadas pela Polícia Civil em relação à investigação da morte do motorista. A Comissão estará representada pela deputada Érika Kokay e por assessores técnicos.
José Mello
Foto: Gustavo Bezerra/PTnaCâmara
