O deputado Zé Geraldo (PT-PA) lembrou na tribuna da Câmara, nesta terça-feira (4), que já faz mais de um ano que o PSDB, o PMDB e o Democratas se aliaram para dar um golpe e tomar o poder. “No governo estão provando que não sabem governar. O desemprego está aumentando e eles deram um golpe dizendo que era preciso gerar emprego no Brasil. Diziam que era preciso construir mais obras, e as obras continuam paralisadas”, lamentou.
E para piorar ainda mais a situação, Zé Geraldo disse que a turma do golpe está levando o Brasil para o “buraco”, vendendo o País a preço de banana. “Essa é a realidade. E o Temer não tem a grandeza de renunciar. O Democratas e o PSDB não têm coragem de enfrentar o Temer, porque o Temer articulou para salvar o tucano Aécio Neves das denúncias de cobrança de propina, e ele volta agora como Senado. Então, há uma verdadeira maracutaia entre esses partidos que ainda continuam juntos”, criticou.
Na avaliação do deputado, daqui a uns 3 ou 4 meses, o PSDB e o Democratas devem abandonar o Temer. “Não vão aguentar até o final do ano porque, senão, vão todos para o buraco. O povo brasileiro está observando tudo isso. O Lula já chega a 40% na pesquisa. O Judiciário brasileiro está desmoralizado. Um ministro manda soltar o Rocha Loures e o outro manda o Aécio Neves voltar para o Senado”.
O deputado encerrou seu discurso afirmando que, nesta conjuntura atual, o correto e o justo seria anular o impeachment da presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff.
O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) também defendeu a anulação do impeachment da presidenta Dilma. “O Supremo Tribunal Federal devolveu o mandato do senador Aécio Neve, ele (a Suprema Corte) também poderia julgar o mandado de segurança impetrado pelos advogados da presidenta Dilma e devolver o mandato àquela que legitimamente foi eleita pelo povo brasileiro”. Na avaliação do deputado, está evidenciado que o Brasil só vai vencer a atual crise política e econômica quanto o ocupante do Palácio do Planalto for alguém cujo mandato venha do voto do povo brasileiro.
Vânia Rodrigues
