Seminário debate ações de combate ao crack

erika_reginaldoA Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas promoveu nesta quinta-feira (6), seminário para discutir o combate ao crack, droga derivada da cocaína, e uma das prioridades do governo da presidenta Dilma Rousseff.
O evento faz parte do calendário da Comissão Especial, que tem realizado vários seminários nos estados para debater a prevenção ao uso de drogas, tratamento, acolhimento dos dependentes químicos e sua reinserção social.

Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), o problema deve ser enfrentado com  políticas públicas que  abordem aspectos como prevenção, tratamento, reintegração das pessoas à sociedade e a repressão ao crime organizado.

“O combate às drogas não é apenas responsabilidade da política de segurança pública ou da política, isoladamente. Precisamos de uma ação eficaz, que territorialize o combate ao crack, e unifique as redes para o seu enfrentamento”, afirmou.

O seminário tem como objetivo contribuir para a elaboração de propostas que vão ser encaminhadas a Comissão Especial de Combate ao Crack da Câmara, presidida pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), e que está em viagem à Bolívia, Peru e Colômbia.

Assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prioritário no governo da presidenta Dilma, o decreto que instituiu o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, previa em 2010, investimentos de R$ 400 milhões, em ações de saúde, assistência e repressão ao tráfico em todo o território nacional, principalmente nos municípios localizados em região de fronteira, bem como a realização de uma campanha permanente de mobilização nacional para engajamento ao plano.

O crack é uma substância química que não escolhe classe social. Ele estimula o Sistema Nervoso Central, em cinco a 10 segundos após o consumo e provoca diversos efeitos como euforia, insônia, sensação de poder, além do aumento da pressão arterial, aceleração dos batimentos cardíacos e até a morte, com o uso frequente e prolongado.

Segundo pesquisa realizada em 2010 sobre o perfil do consumo de drogas pelos estudantes brasileiros  divulgado pela secretária Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Paulina Duarte, o consumo de drogas ilícitas caiu 49,5% entre estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública, se comparado aos números de 2004. O uso da cocaína é uma exceção. Aumentou de 1,7% para 1,9% no ano.

O álcool continua sendo a droga mais consumida entre os estudantes brasileiros, que usam menos tabaco em comparação com outros 16 países da América do Sul e Europa.

Também foi realizada pesquisa entre universitários, que revelou que 49% já experimentaram alguma droga ilícita.

“Os educadores são atores fundamentais do uso de drogas e o conhecimento e a informação são nossos maiores aliados na prevenção”, avaliou.

As pesquisas estão disponíveis na página www.obid.senad.gov.br.

Ivana Figueiredo

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