“Eu sempre soube que aqueles movimentos pelo impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, que se apresentavam como apartidários, estavam mentindo”. Com essa afirmação o deputado Bohn Gass (PT-RS) começou o seu pronunciamento na tribuna, nesta terça-feira (6), para comentar a confissão do publicitário Elsinho Mouco, marqueteiro do presidente golpista Michel Temer, de que o golpe foi financiado por empresários, entre eles Joesley Batista, que gravou conversas nada republicanas com Temer. Segundo Mouco, a JBS deu a ele cerca de R$ 300 mil em dinheiro para conduzir parte da campanha golpista.
Para Bohn Gass, era óbvio que alguém financiava aquela gente que seguia o grande pato amarelo da Fiesp. “Quem conhece as ruas sabia que aquela organização toda — carro de som, camiseta, bonecos infláveis, tudo igual, tudo padronizado — não era uma coisa espontânea”, reforçou o deputado.
“Agora, o Brasil inteiro sabe que aqueles movimentos eram comprados. E com o dinheiro sabe de quem? De gente como Joesley Batista, da JBS”, lamentou. Bohn Gass disse que o fato é grave e que a “farsa manchou a história”. Tudo aquilo, continuou, era ilegítimo: o impeachment, as acusações, os cartazes, os bonecos. “Tudo era uma grande farsa que, agora, com todos eles desmascarados, está se repetindo, só que como tragédia. Uma tragédia para o Brasil e para o povo brasileiro. Depôs uma mulher honesta e trocou-a por um grande corrupto”, lamentou.
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