Aproveitando o ensejo da Semana Mundial do Meio Ambiente, o deputado Raimundo Angelim (PT-AC) chamou a atenção para a importância de se refletir sobre o futuro do planeta, nestes tempos de mudanças climáticas, que já são uma realidade, além das muitas escalas da questão ambiental.
“Este tema já é prioridade há bastante tempo no Acre. A floresta neste nosso canto da Amazônia é uma das mais ricas e diversas do planeta. Os índios e seringueiros sempre tiveram sabedoria na relação com a mata e seus muitos seres. Nos idos dos anos 1980 a luta destes povos pela garantia de seus territórios e pela manutenção da floresta de pé se aliou ao crescente movimento ambientalista, ajudando a criar uma nova forma de luta, que ficou conhecida como socioambientalismo. É a ideia de que o meio ambiente não é uma natureza distante que deve ser preservada lá fora, distante, mas está em tudo que nos cerca”, lembrou.
De acordo com Angelim, na vida urbana, não é diferente, onde a questão ambiental está presente a todo momento, como na importância da preservação dos rios que cortam a cidade, no cuidado com o consumo e destinação do lixo, limpeza urbana, arborização, entre muitos outros aspectos. “Quando fui prefeito de Rio Branco construímos uma Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (UTRE), que acabou com os antigos lixões. Esta unidade conta também com uma unidade de triagem do lixo reciclável, que é operada pela cooperativa dos catadores, uma parceria antiga com o Projeto Catar. Investimos na valorização também de nossos garis e margaridas, verdadeiros agentes ambientais que ajudam a manter nossa cidade limpa e bem cuidada. Isto sem falar no trabalho de educação ambiental, para conscientizar as novas gerações”, relatou.
Angelim destaca que o Acre tem feito sua parte ao ter logrado uma significativa redução do desmatamento nos últimos anos. “Parte importante das metas assumidas pelo governo brasileiro no acordo global do clima, assinado em Paris em 2015, depende da redução do desmatamento ilegal na Amazônia. Mas todo este esforço global se vê ameaçado com o recente anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos de que o segundo país que mais emite carbono no mundo, e por muitas décadas foi o maior poluidor, deixará o Acordo de Paris. É um sério golpe nos esforços globais para deter as mudanças climáticas. Do global ao local, a questão ambiental deve ganhar a cada dia maior atenção e ação, seja dos grandes líderes globais que conduzem os grandes acordos, mas também de cada cidadão e cada família que também podem fazer seu papel, por exemplo, em suas escolhas de consumo e destinação de lixo”, concluiu.