Petistas apoiam bancários e pedem abertura de negociações para fim de greve

berzoini_emiliano_assisEm nome da categoria bancária – bancário que é – o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) manifestou em plenário o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT) à greve dos bancários deflagrada no país e conclamou a Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN) a abrir negociação e evitar transtornos para os clientes e o prolongar da greve.

 

“Mais uma vez a categoria lutadora dos bancários está em greve contra a intransigência dos bancos que apresentaram uma proposta muito aquém da possibilidade do sistema financeiro, que tem as mais altas taxas de rentabilidade do País. Lamentavelmente, apresentaram uma proposta com um pequeno aumento real, absolutamente insuficiente para a categoria”, disse.

Também se manifestaram em plenário a favor da paralisação os deputados petistas Emiliano José (PT-BA) e Assis Carvalho (PT-PI).

Para Emiliano, a luta da categoria extrapola a mera campanha salarial e representa um exemplo de reivindicação por melhores condições de trabalho e respeito à saúde. “A greve dos bancários é uma evidente demonstração de força e organização, características que sempre marcaram esta que é uma das mais importantes categorias do país”, ressaltou o parlamentar.

De acordo com o deputado Assis Carvalho, os bancos lucraram mais de R$ 27 bilhões até junho deste ano, mas não se dispõem a melhorar o salário dos bancários, nem a contratar mais bancários, nem a aumentar a segurança nas agências bancárias, onde permanentemente estamos convivendo, lamentavelmente, com mortes, a exemplo do que ocorreu recentemente na cidade de Luzilândia, no Piauí.

“Enquanto a categoria busca um reajuste de 12,8%, equivalente à inflação do período, mais 5%, e um piso salarial de R$2.297,51, conforme cálculo do DIEESE, os bancos oferecerem 7,8% de reajuste e um piso de apenas R$1.350,00”, ilustrou.

Os bancários têm como uma das principais exigências a valorização do piso salarial. O salário de ingresso nas instituições financeiras no Brasil é menor do que em outros países da América Latina. No país, os trabalhadores ganham cerca de US$ 735,29, metade que o da Argentina (US$ 1.432,21) e muito menos que o do Uruguai (US$ 1.039).

Ainda segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, de janeiro a agosto de 2011, o Brasil gerou mais de 1,8 milhão de novos postos de trabalho. Os bancos, setor campeão de lucratividade, responderam por apenas 1% deste total.

Equipe Informes

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