O povo brasileiro já derrotou o golpe parlamentar que colocou o ilegítimo Michel Temer na Presidência. A avaliação é do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que comentou na tribuna da Câmara a baixa aprovação do governo golpista. “O povo brasileiro já derrotou esse golpe! E o sinônimo dessa derrota é a baixa popularidade de Temer. No Nordeste, ele tem 1% de aprovação e 5% no Brasil. Portanto, 95% de desaprovação”, afirmou.
Paulo Teixeira reforçou ainda que, ao mesmo tempo em que o povo brasileiro reprova o ilegítimo, pesquisa recente mostra que a população quer eleger diretamente o Presidente da República.
Para Paulo Teixeira, são três as razões pelas quais o golpe foi derrotado. A primeira delas foi a quebra do pacto democrático da Constituição de 1988. “Foi dado um golpe aqui sem que houvesse crime de responsabilidade. Aquilo desorganizou o Brasil, aumentou o desemprego, aumentou a recessão econômica e bagunçou as relações entre as instituições”, explicou.
A segunda razão da derrota do golpe, na avaliação do deputado Paulo Teixeira, é que ele violentou direitos do povo brasileiro conquistados com Getúlio Vargas, com João Goulart, com a Constituinte de 88 e com os Governos Lula e Dilma. “Esse golpe foi para beneficiar banqueiros e prejudicar os trabalhadores, ofendendo a Previdência pública e os direitos trabalhistas. O povo percebeu a violência, a virulência, porque não teve diálogo, não teve transição, não teve justiça social no que se chamou de reforma”.
Em terceiro lugar, para Paulo Teixeira, estão os três principais condutores do golpe. “Um está preso (Eduardo Cunha), o outro afastado do seu mandato do Senado (Aécio Neves). E, ontem, o Supremo Tribunal Federal autorizou que o terceiro, aquele que ocupa a Presidência da República, fosse ouvido junto à Justiça brasileira. Acabou o Governo Temer”, sentenciou.
Mas Temer, lamentou o deputado do PT paulista, quer ficar, apesar do golpe e dos condutores do golpe estarem derrotados. “E resta ao Brasil um só caminho para que ele volte a crescer, gerar emprego, distribuir renda, organizar os serviços públicos e se colocar altivamente no cenário internacional: eleições diretas já”, concluiu.
Vânia Rodrigues
Foto: Gustavo Bezerra/PTnaCâmara