Reunidos nesta terça-feira (23), partidos de oposição, de forma unificada, decidiram fazer obstrução nas votações do plenário da Câmara nesta semana. O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE) disse que não há clima para se votar nenhuma matéria na Casa. “ Faremos obstrução política como resposta à ousadia de um governo ilegítimo, que está de cócoras, derrotado, e que quer dar um clima de normalidade”, afirmou.
“Não há normalidade no país para nós deixarmos votar matérias nesse momento aqui na Câmara, a não ser que o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia, tome providência para instalar a comissão especial do impeachment para dar normalidade à Casa”, sugeriu Guimarães.
O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP) reafirmou que a tática adotada pela oposição composta pelo PT, PSOL, Rede, PDT, PC do B e dissidentes da base governista é a obstrução, em função da situação grave que vive o país. “O presidente da República não tem mais condições de governar, não tem condições de dirigir o país”, avaliou Zarattini.
“Nós vamos obstruir até que haja uma solução política que, no nosso modo de ver, são as eleições diretas para que o povo possa escolher o próximo presidente ou presidenta do nosso país”, frisou.
Adiantou o líder da Rede, deputado Alessandro Molon (RJ), que foram preparados recursos para contrapor as decisões de Rodrigo Maia de não dar sequência aos pedidos de impeachment protocolados na Casa.
“Nós já estamos com os recursos preparados contra a decisão de Rodrigo Maia de engavetar os nossos pedidos de impeachment e estamos preparando medidas junto ao STF para garantir que os pedidos de impeachment tenham andamento. Além disso, a nossa luta é para que seja aprovado na CCJ a PEC que garante eleições diretas já”, disse Molon.
Benildes Rodrigues