“Não resta a (Michel) Temer outra alternativa que não a renúncia. Se não renunciar, o impeachment. Em qualquer hipótese, nós precisamos de eleições diretas, antecipando as eleições de 2018, pois o povo é soberano e o povo tem que decidir quem vai governar o Brasil”. A afirmação é do deputado Pepe Vargas (PT-RS), em ato realizado nesta quinta-feira (18) no plenário da Câmara por deputados da oposição e mais tarde repetida na tribuna, durante sessão não deliberativa.
Pepe lembrou que o senador Aécio Neves (PSDB) apareceu em várias delações com denúncias, mas agora há uma prova material concreta: uma gravação na qual ele pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, dizendo que tinha que escolher alguém que se delatasse pudesse ser morto. “O dinheiro foi rastreado, as provas materiais estão dadas. Não é apenas a afirmação de um delator. Tudo isso foi devidamente monitorado pela Polícia Federal”. O deputado disse também que essa denúncia comprova que a JBS comprou partidos para apoiar a candidatura de Aécio e é esse mesmo cidadão que entra com ação para dizer que houve abuso de poder econômico na campanha de Dilma, com base em uma delação premiada que não apresentou nenhuma prova.
O parlamentar fez também crítica à Lava Jato que recebeu várias denúncias em relação a Aécio Neves e Michel Temer e não fez absolutamente nada. “Essas denúncias que apareceram agora foram feitas por outra equipe da Polícia Federal. Dois procuradores foram presos e nós estamos denunciando uma seletividade há meses por parte do juiz Sérgio Moro, por parte dos procuradores e parcela da Polícia Federal. Queremos que as pessoas que cometeram ilícitos sejam responsabilizadas, dentro de um processo legal, mediante a comprovação da culpa”.
O ato reuniu também os deputados Luiza Erundina (PSB), Alice Portugal (PCdoB), Zé Geraldo (PT-PA), Edmilson Rodrigues (Psol), Assis Melo (PCdoB), Paulo Pimenta (PT-RS) e Robinson Almeida (PT-BA).
Assessoria Parlamentar