Na madrugada desta terça (13), a angolana Leila Lopes foi consagrada a nova Miss Universo. Lopes é a segunda negra a ganhar a coroa em toda a história do concurso. Antes mesmo de ser eleita, Leila Lopes vinha sofrendo ataques racistas de sites internacionais, fato que foi repudiado pelo deputado, Valmir Assunção (PT-BA) nesta quinta (15).
“Não há adjetivos para descrever tamanha intolerância sem fundamentos e ainda sob inspiração de uma idéia que assassinou tantos serres humanos no mundo”, disse Valmir.
Para o deputado, ao eleger uma negra de Angola, país assolado por uma guerra que durou 38 anos que dizimou mais de 2 milhões de pessoas, estamos vivenciando um importante aspecto simbólico, não só do reconhecimento da beleza negra, mas também da luta contra o preconceito racial.
“Estas pessoas não se vêem apresentando programas televisivos, ou raramente se enxergam nas novelas, ou em qualquer programa de televisão nas concessionárias públicas que são as cadeias televisivas deste país. A representação do negro na mídia e na publicidade, na maioria das vezes, é condicionada a algo negativo, avivando o preconceito. Tomara que este título possa contribuir para um passo a frente contra o preconceito de raça”, completou Valmir Assunção.
