Cerca de 40 milhões de trabalhadores cruzaram os braços na última sexta-feira (28), na maior greve ocorrida no país nas últimas décadas contra a retirada de direitos previstos nas reformas Trabalhista e da Previdência do Governo golpista de Temer. Essa é a avaliação feita pelas entidades sindicais e movimentos sociais organizadores do evento.
Ruas vazias, comércio e fábricas fechados, pátios de ônibus e metrôs sem uma viva alma, piquetes nas principais vias de acesso das principais cidades brasileiras. Assim foi a sexta ensolarada que mais parecia um dia de domingo.
Em vídeo publicado na sua página nas redes sociais, o líder da Bancada do PT, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), destacou que a maior capital do País parou e citou a “grande vitória dos trabalhadores brasileiros”. Ele participou das manifestações no Largo do Batata, em São Paulo.
Para ele, a paralisação histórica revela o descontentamento com as políticas do governo ilegítimo que desmontam as conquistas dos trabalhadores. “Temer não reconhece a insatisfação dos brasileiros com o seu governo porque vive isolado, em uma redoma de vidro. Apenas 4% aprovam o seu governo”, lembrou Zarattini, se referindo à pesquisa do Ipsos, divulgada semana passada.
O ex-presidente Lula listou em entrevista que “a greve teve adesão da dona de casa, dos trabalhadores do pequeno comércio. O movimento sindical e o povo brasileiro estão fazendo história”, reconheceu.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, avaliou a paralisação como “a maior greve trabalhista já realizada no país”.
Para o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, “é importante que o Congresso Nacional tenha a sensibilidade de parar imediatamente as votações das reformas Trabalhista e da Previdência, caso contrário, nós vamos convocar uma nova greve geral por tempo indeterminado”, ameaçou.
Benildes Rodrigues com Agências