O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), participa, de hoje a sábado, em Paris, da Conferência de Presidentes das Assembleias do G-8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia) e dos principais países em desenvolvimento, os Brics (Brasil, Índia, China e África do Sul). É a 10ª edição do encontro.
A primeira sessão de trabalho será nesta sexta-feira e tratará do tema “Procedimentos legislativos e desafios contemporâneos: troca de experiências”. A segunda sessão, no sábado, terá Marco Maia como orador principal, com o tema “Energias do futuro: o papel dos Parlamentos”.
Pacto – Caberá ao presidente da Câmara dos Deputados propor um pacto mundial para ampliar a produção de fontes renováveis de energia. “Incentivos fiscais e a obrigatoriedade de consumo de fontes alternativas estabelecidos em leis são importantes alternativas para construir uma nova matriz energética”, antecipou Marco Maia. Marco Maia vai apresentar os exemplos positivos do Brasil na construção de usinas hidrelétricas e na produção de etanol e biodiesel. “Um único país pouco pode fazer, tratase de um desafio global, visto que o clima não respeita fronteiras ou soberanias”, defendeu o presidente da Câmara.
Crise – Marco Maia também destacou a importância do encontro para buscar soluções para a crise mundial. “O grande debate será a crise econômica internacional e os efeitos que ela tem produzido na geração de emprego, na distribuição de renda e na qualidade de vida dos países. Vamos levar algumas ideias e sugestões que possam contribuir para a superação desses impasses”, disse. Está prevista uma recepção do presidente francês Nicolas Sarcozy aos parlamentares. Além das agendas oficiais, haverá encontro entre Marco Maia e o presidente da Assembleia do Japão, deputado Takahiro Yokomichi, e uma reunião com os presidentes dos Parlamentos dos Brics, a fim de reafirmar a posição de unidade entre os integrantes do grupo.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, João Paulo Cunha (PT-SP) integra também a delegação brasileira, além de outros parlamentares.
SURGIMENTO – A decisão de criar o encontro entre parlamentares do G-8 surgiu entre as Cúpulas de Chefes de Estado e de Governo em Okinawa (Japão, em 2000) e Gênova (Itália, em 2001). Os presidentes das Assembleias do G-8 realizaram o primeiro encontro em Roma, em março de 2001. Entretanto, a primeira reunião oficial ocorreu em Kingston, no Canadá, em setembro de 2002, com enfoque em democracia e terrorismo. A partir de então, os representantes dos Parlamentos dos países mais industrializados passaram a se reunir anualmente.
A participação brasileira começou em 2009, quando o encontro parlamentar foi ampliado, incluindo legisladores das cinco maiores economias em desenvolvimento, conhecido como G-5 (África do Sul, Brasil, China, Índia e México), além do Egito. Na ocasião, coube ao então presidente da Câmara, Michel Temer, representar o Legislativo brasileiro. O tema central do encontro foi o combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado.
Com informações do Jornal da Câmara
