Petistas elogiam redução de juros e rechaçam críticas de analistas financeiros

Gilmar e ferro D 1Deputados petistas elogiaram nesta quinta-feira (1º) a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de reduzir em meio ponto percentual a taxa básica de juros, fixada em 12%.

 


O deputado Gilmar Machado (PT-MG)saudou a medida. “Foi uma decisão correta e espero que essa tendência continue. O governo está fazendo um esforço grande, com o aumento do superávit fiscal, para manter uma política fiscal austera, mas sem prejudicar os investimentos. Com o novo salário mínimo e o incentivo ao microcrédito e às micro e pequenas empresas, temos certeza que a economia continuará crescendo e o Brasil continuará gerando empregos”, avaliou Machado.

O deputado Fernando Ferro (PT-PE)atacou as manifestações que questionam a autonomia do Banco Central. “Diferentemente do que os críticos falam, essa decisão é uma manifestação de independência do Banco Central. Existe hoje uma ditadura do pensamento único no setor financeiro que pretende governar o país através das políticas financeiras e monetárias. Se os agiotas e especuladores perderam, é sinal que a sociedade ganhou. Não é de se estranhar esse discurso cínico, que diz defender a autonomia do Banco Central e que agora diz que não há autonomia, porque não atende aos interesses deles”, afirmou Ferro.

O deputado Josias Gomes (PT-BA)foi outro que criticou a imprensa por ter questionado a autonomia do BC. “Quero me solidarizar com toda a equipe do Banco Central que, ao promover uma grande medida, sofre um ataque violento da imprensa brasileira, que, na falta de um assunto mais preponderante em sua agenda, resolve atacar uma das medidas mais importantes e que vem ao encontro das aspirações de todos os brasileiros que pensam esta Nação de forma consistente”, disse, na tribuna da Câmara, Josias Gomes.

Rui Costa (PT-BA)foi na mesma linha do colega. “O engraçado é constatar que quando, em menos de um ano, a taxa de juro subiu de 8,75% para 12,5%, quando a inflação ameaçava voltar ao País, essa pergunta não foi feita. E agora que a curva da inflação começa a declinar e acertadamente o Banco Central reflui a taxa de juros, a mídia começa a questionar se isso teria ou não interferência do Governo”, questionou Rui Costa.

Outro que usou a tribuna para se manifestar sobre o tema foi o deputado Luiz Couto (PT-PB). “A redução dos juros é muito importante para o desenvolvimento do País, pois valoriza o emprego, o mercado interno e os salários. Muitas pessoas estão se manifestando contra a redução dos juros. Ora, quando subiam, reclamavam; agora baixam, e reclamam. A reclamação é porque muitos perderam dinheiro, pois investiram achando que os juros não iriam baixar”, afirmou Couto.

O deputado Sibá Machado (PT-AC)disse que os analistas não precisam se preocupar com a condução da economia. “Digo aqui para os analistas da imprensa brasileira que discutem sobre esse tema que não precisam mais sofrer, não precisam ficar em polvorosa, porque a economia brasileira está colocada em muito boas mãos”, afirmou Sibá.

Já o deputado Newton Lima (PT-SP)ocupou a tribuna para “num momento de muita felicidade, comemorar as medidas que têm sido tomadas pelo Governo Federal, com o apoio desta Casa, no enfrentamento da crise financeira econômica internacional”.

O ministro Gilberto Carvalho, na Câmara, disse estranhar a postura de alguns analistas eu questionaram a redução. “Acho estranho, porque nunca se falou em interferência do Planalto quando o Banco Central elevou a taxa de juros. Essa crítica subestima o papel que o Banco Central tem desenvolvido ao longo dos últimos anos. Foi feita uma avaliação milimétrica da conjuntura internacional que resultou na redução dos juros. Insisto que é muito estranho que muitos analistas passem a questionar a autonomia do Banco Central quando não fizeram essa mesma crítica quando a elevação dos juros interessa a certos setores da economia”, frisou Carvalho.

Redução da Taxa Básica de Juros (SELIC)

 

Rogério Tomaz Jr.

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