Uma decisão do ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que a as transcrições do depoimento de do ex-presidente da Construtora Norberto Odebrecht, Benedicto Júnior, referentes à chapa de Aécio Neves (PSDB) em 2014 sejam ocultadas com uma tarja preta.
Segundo o jornal “Estado de S.Paulo“, Benedicto afirmou que a Odebrecht repassou R$ 9 milhões à campanha de Aécio por meio de caixa 2 (doação não declarada).
A decisão acatou pedido do PSDB, que também solicitou a ocultação dos trechos na delação do ex-presidente Marcelo Odebrecht. A prática de censurar citações de tucanos não é novidade. O senador José Serra (PSDB-SP) teve o nome ocultado em um relatório da Polícia Federal, em 2015.
A decisão do TSE causou indignação pela parcialidade e virou piada nas redes sociais.
A deputada Margarida Salomão (PT-MG), questionou no twiter: “Por que o nome do senador █████, que só não é citado na carta de Pero Vaz de Caminha, não pode aparecer na delação premiada?”.
O deputado Padre João (PT-MG) classificou como “vergonhosa” a decisão do ministro Herman Benjamin, do TSE. “Queria registrar o meu protesto contra esta decisão que proíbe a divulgação das delações em que constam o nome do… Eu não sei se eu posso falar aqui na tribuna, será que eu posso falar? É uma vergonha que setores do TSE, do próprio Ministério Público Federal e da Polícia Federal não possam mencionar o nome do senador Aécio Neves! Ele é o governador mais citado nas delações. Daqui uns dias o ministro vai querer colocar uma mordaça nos deputados”, disse.
Equipe PT na Câmara
Arte: Assessoria Parlamentar Deputado Afonso Florence
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