O auditório da Câmara Municipal de Nova Hartz, localizada ao norte da região Metropolitana de Porto Alegre, ficou lotado na manhã de sábado (4) durante a audiência pública e ato de instalação do Comitê Suprapartidário contra a Reforma da Previdência. O deputado Pepe Vargas (PT-RS), que integra a Comissão Especial da Reforma da Previdência da Câmara dos Deputados, participou e distribuiu material explicativo sobre os riscos de retirada de direitos, caso a proposta do governo seja aprovada.
A atividade também contou com a participação dos deputados federal Elvino Bohn Gass (PT-RS) e estadual Tarcísio Zimmermann (PT), além de prefeitos e vereadores dos municípios da região e da economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Anelise Manganelli, que apresentou números que derrubam o argumento do governo de que a Previdência estaria “quebrada”. “A previdência é superavitária. Em 2014 sobrou R$ 55,7 bilhões e em 2015, R$ 11,2 bilhões. A intenção do governo é favorecer instituições de previdência privada. Elas captaram mais de R$ 42 bilhões em 2016”, argumentou.
O deputado Pepe explicou que a proposta do governo torna praticamente impossível aos brasileiros se aposentarem recebendo o salário integral. “O valor da aposentadoria cairá mesmo para quem está prestes a se aposentar. Uma mulher com 54 anos e 29 de contribuição, hoje precisaria mais um ano de trabalho para se beneficiar pela regra 85/95 e aposentar-se recebendo 100% do benefício. Com a reforma terá que trabalhar um ano e seis meses para receber 81%”, exemplificou.
Pepe também lembrou que a pressão dos trabalhadores é fundamental. “Os trabalhadores precisam saber que o relator da PEC da reforma, Arthur Maia, também foi relator do projeto da terceirização. Ou seja, é pouco provável que seu relatório seja a favor dos trabalhadores, por isso é necessário levar essa informação à classe trabalhadora”, afirmou.
A atividade realizada em Nova Hartz, faz parte de uma série de agendas que o deputado Pepe Vargas vem realizando no Estado para informar e mobilizar os trabalhadores a pressionarem os parlamentares a votarem contra a reforma da Previdência, proposta pelo governo Temer.
Assessoria Parlamentar
Foto: Claiton Stumpf