Oito mentiras sobre o PT espalhadas pelo Whatsapp; ajude a desmentir

MENTIRA REDE

Boatos por meio de mensageiros instantâneos como WhatsApp, memes em redes sociais como o Facebook e até mesmo sites de noticias falsas hospedados fora do país proliferaram nos últimos anos uma campanha caluniosa contra o legado do PT no governo.

Vitorioso nas últimas quatro eleições presidenciais e alvo de um golpe midiático jurídico parlamentar que tirou uma presidenta legítima do poder, o PT virou alvo fácil. No entanto, o que a história e os números mostram é uma situação bem diferente: o Brasil foi muito melhor com o PT no governo — e a conclusão, veja bem, não é apenas do partido, mas da população: os eleitores têm gratidão extrema aos governos Lula, de acordo com pesquisa da Ideia Inteligência. Há sentimento de saudade e nostalgia dos governos do ex-presidente Lula, principalmente associado a aspectos econômicos.

Veja oito exemplos de mentiras contadas sobre os governos do Partido dos Trabalhadores:

1 – Nunca houve tanto desemprego como na Era PT – MENTIRA
Quando Lula assumiu, em janeiro de 2003, a taxa de desemprego herdada por Fernando Henrique Cardoso era de 12,6% da população economicamente ativa nas regiões metropolitanas, segundo a série histórica do IBGE, iniciada em 2002 — portanto, não há parâmetro para situações anteriores. De cada 100 postos de trabalho que existiam quando FHC assumiu, em 1995, até o fim do mandato, em 2002, 22 fecharam. Em 2014, sob Dilma, existiam 97,2. A taxa de desemprego antes de a petista ter o poder usurpado era de 6,9% da população economicamente ativa, em 2015. Sob Temer, no ano passado, esse índice cresceu para 11,5%. Quem tirou nosso emprego mesmo?

grafico desemprego

2 – O PT não combateu a corrupção – MENTIRA
O escândalo da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, envolveu quase todos os partidos e estava desenhado desde os anos de Fernando Henrique Cardoso. Em audiência com o juiz federal de primeira instância Sérgio Moro, na primeira semana de fevereiro, o ex-presidente disse inclusive que o chefe de Estado não pode e não tem como saber de tudo o que acontece durante seu mandato – a resposta era sobre a ação de Nestor Cerveró durante a sua administração na empresa. A chamada Privataria Tucana, no entanto, ocorreu apenas no período FHC e consumiu 100 bilhões de reais dos cofres públicos. Cabe lembrar que a Lava Jato só está de pé graças ao compromisso do PT com a transparência, com a criação da Controladoria-Geral da União, extinta por Temer, e a autonomia dada às ações da Polícia Federal pelo Ministério da Justiça. Sem essa garantia, operações como essa estariam condenadas, como ocorre no governo golpista, que tenta enfraquecê-la.

3 – O PT aparelhou o Supremo – MENTIRA
Não foi o PT quem criou o sistema de nomeação dos ministros do Supremo Tribunal Federal, mas sim a lei que rege a Corte, de 1884. Cabe ao chefe do Executivo indicar o ministro para a vaga disponível, que posteriormente será sabatinado pelo Senado. Não houve, no entanto, aparelhamento, já que o STF teve a independência para julgar e condenar membros de administrações petistas. É o contrário do que pretende Michel Temer, com a nomeação de Alexandre de Moraes, que já comprovou estar a serviço do presidente usurpador, como quando acionou a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo para evitar que uma notícia que prejudicaria o golpista fosse divulgada, e não tem uma clara prerrogativa para a vaga: o notório saber jurídico, já que é acusado de plagiar obras. Quem de fato aparelhou o Supremo foi o regime militar, que aposentou compulsoriamente ministros escolhidos por governos democráticos como os de Juscelino Kubitschek e João Goulart e criou mais sete vagas, extintas em 1969, para que a ditadura pudesse usar e abusar.

4 – Bolsa Família é “bolsa esmola” – MENTIRA
O Bolsa Família foi a maior marca do governo petista justamente por possibilitar renda complementar para quem mantiver o filho de até 17 anos na escola. Atende quem tem renda per capita de 77 reais até 154 reais e fez com que as faltas de estudantes fossem reduzidas em um terço – consequentemente, também desestimulou o trabalho infantil. O programa foi elogiado por revistas conservadoras, como a britânica The Economist, que incentivou que outros países o adotem. Até Nova York montou um programa semelhante.

5 – Há mais miseráveis por causa do PT – MENTIRA
Eis uma grande mentira. Dados divulgados pelo Banco Mundial mostraram que o número de pessoas em extrema pobreza no Brasil teve queda de 64% entre 2001 e 2013. Sob FHC, a taxa era de 13,6%. No governo Dilma, de 4,9% da população. O estudo é de 2014. A nota do Brasil no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, em que cada país recebe de 0 a 1, passou de 0,649 no início dos anos 2000 para 0,755. A razão disso? O Bolsa Família, exemplo a ser adotado no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas

pobreza

6 – O PT não fez nada pela educação – MENTIRA
Outro engano. Durante os anos de gestão petista, nunca houve redução de valores investidos na educação, ao contrário da Era FHC. O tucano reduziu a verba, contando a desvalorização inflacionária, em 1996, 1997 e 2001. O PT jamais reduziu o montante. Em 1995, por exemplo, foram investidos R$ 42,6 bilhões (valores corrigidos). Em 2015, o último ano completo sob Dillma, esse valor era de R$ 137,2 bilhões. O percentual de PIB investido na educação também cresceu: se era de 3% nos anos 1990, passou para 6,2% em 2013, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Também foi sob o PT que exames como o Enem, programas como o ProUni e financiamentos como o Fies colocaram mais gente no ensino superior. A PEC 55, proposta pelo governo usurpador de Michel Temer, no entanto, prevê um futuro assustador, pois o valor empregado no setor ficará congelado por 20 anos, sem correção. Aprendeu?

7 – O PT endividou o país – MENTIRA
Veja bem: a dívida externa foi paga em 2005 pelo governo Lula – de devedor, o país virou credor. De quem é a dívida, afinal?

8 – Nunca a inflação foi tão alta – MENTIRA

A maior mentira de todas. Em março de 1990, na transição dos governos José Sarney e Fernando Collor, a alta de preços apenas nos 15 dias do mês foi de 82,39%. Isso quer dizer que algo que custava 100 reais no dia 1º de março passou a custa 182,39 apenas 15 dias depois. Mas não precisamos ir tão longe: no primeiro ano de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, o índice foi de 22,4% durante os 12 meses. No último, em 2002, de 12,5%. Em 13 anos de governos do PT, nunca o limite dos dois dígitos foi ultrapassado. Que tal?

inflacao

 PT no Senado

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