A Gravidez na Adolescência é o tema de audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara que acontece nesta terça-feira (23) às 14h30, no plenário 7. Para a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que integra a comissão, o assunto deve ser tratado como prioridade, tendo em vista o grande número de adolescentes que ainda engravidam no País.
“A questão cultural ainda é forte. Mais do que políticas públicas que abordem a gravidez precoce, precisamos de um debate aberto nas famílias. Vivemos em uma era erótica, da sensibilidade e plenitude sexual. Os jovens precisam ter responsabilidade para evitar uma gravidez indesejada”, argumentou.
Na opinião da parlamentar existe também uma grande distância entre a lei e sua execução. “Temos muitos projetos sobre gravidez na adolescência tramitando na Câmara. Precisamos resgatá-los e fazer um debate consciente. Vivemos em um País moderno, com acesso a muitas informações e o problema ainda persiste. Como muitos homens relutam em usar contraceptivos, são sérias as consequências para a vida dos pais adolescentes e da criança”, disse.
A falta de orientação da família, escola e sociedade; falta de informação sobre os métodos contraceptivos; uso de drogas e bebidas alcoólicas e gravidez planejada para casar com o parceiro são apontados como os principais fatores que contribuem para a gravidez na adolescência, gestação ocorrida em jovens de até 21 anos de idade.
Participam da audiência na Comissão de Seguridade Social e Família: a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário; a presidente do Departamento Científico da Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria, Mariângela Barbosa; a diretora presidente da Associação de Formação e Reeducação Lua Nova, Raquel Barros; e a assessora técnica da Coordenação da Saúde do Adolescente do Ministério da Saúde, Ana Serra.
Ivana Figueiredo
