Os partidos aliados do governo ouviram o pedido do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e da presidenta Dilma Rousseff, para que não aprovem legislações que resultem em novos gastos. O executivo segue preocupado com a crise econômica mundial e não quer abrir mão do ajuste fiscal posto em prática desde o começo deste ano.
Na opinião do secretário nacional de Comunicação do Partido dos Trabalhadores, deputado André Vargas (PT-PR), o pedido foi recebido com muita tranquilidade, pois há um compromisso do PT e dos aliados com o controle da inflação. “Nós temos um governo com uma programação de gastos: lançamentos dos institutos federais, construção de 6 mil supercreches, ou seja, o gasto público está absolutamente planejado e dentro do controle orçamentário do país”, reforça.
Para Vargas, não haverá a suspensão de novas obras que estão sendo implementadas. O que se tem receio, justiça Vargas, são medidas que concedam reajustes salariais, para judiciário, por exemplo, medidas que afetem o ajuste fiscal. “A hora é de equilíbrio, temos uma crise externa grave e não podermos ser irresponsáveis. Esse foi o apelo do ministro”, declara.
Mantega tem feito um belo trabalho, na opinião de Vargas. “Passamos por situações anteriores quando, ao sinal de crise, se suspendia todos os gastos, trocavam-se moedas e ia-se de joelhos para o FMI. Hoje temos uma reserva de R$ 380 bilhões, o que dá um conforto para o Brasil continuar crescendo. Temos R$ 450 bilhões em compulsório para proteger qualquer instituição financeira, uma condição que poucos países têm , além do pré-sal e todas as condições de enfrentar a crise”.
Assessoria Parlamentar
