O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP) previu hoje (10) a ampliação, sem precedentes, da capacidade tecnológica da indústria nacional com o início da exploração do petróleo na camada do pré-sal e o reaparelhamento das Forças Armadas previsto na Estratégia Nacional de Defesa. Segundo o parlamentar, a retirada e o refino do óleo vão exigir a implantação de novas tecnologias pela Petrobrás e seus fornecedores.
Além disso, de acordo com Berzoini, a transferência de tecnologia militar prevista no acordo Brasil-França levará a um reforço na atuação de empresas nacionais ligadas ao setor. “O fortalecimento da indústria nacional e a ampliação de sua capacidade tecnológica é uma das vertentes estratégicas do governo Lula”, disse Berzoini
Segundo estimativas da Petrobrás, nos próximos cinco anos a companhia vai precisar de 40 novas plataformas para exploração do petróleo do pré-sal, mas a indústria nacional tem capacidade de fabricar apenas 28. O deputado lembrou que, para suprir essa demanda, o governo tem o lastro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Brasil, que podem financiar fornecedores nacionais desse equipamentos.”O interesse nacional está acima de tudo”, reforçou o parlamentar.
O deputado lembrou que, no caso dos equipamentos militares, que obrigatoriamente serão desenvolvidos no Brasil em razão do acordo de transferência de tecnologia militar a ser firmado com a França, a indústria nacional de defesa ganhará conhecimentos hoje detidos somente por países desenvolvidos. “As gigantescas reservas de petróleo do pré-sal e a nova tecnologia militar a ser absorvida pelo Brasil projetam um quadro de prosperidade jamais alcançado pelo País, que poderá chegar em breve a um inédito patamar de desenvolvimento econômico com geração de emprego e renda com justiça social”, previu Berzoini.
O deputado alertou que o reforço à indústria nacional é decisão estratégica anunciada pelo presidente Lula desde a campanha eleitoral de 2002. O parlamentar lembrou que, quando assumiu a Presidência da República, o presidente cancelou a importação de plataformas, navios e outros equipamentos petrolíferos programados pelo governo FHC.
“O novo marco regulatório do pré-sal vai estimular indústria nacional, como ocorre nos acordos na área de defesa com a França”, disse Marroni.
Para o parlamentar, o principal desafio é assegurar condições para que o conjunto da indústria nacional naval tenha capacidade de atender à demanda exigida para a construção dos equipamentos de defesa.”São detalhes que terão de ser acertados entre o governo e o setor privado, dentro da lógica de fortalecimento do setor petroleiro nacional”, lembrou o parlamentar.
Equipe Informes