A Comissão de Finanças e Tributação, presidida pelo deputado Cláudio Puty (PT-PA), concluiu hoje o II Ciclo de Conferências da comissão, que concentrou os debates dessa segunda fase na discussão da liberalização financeira e do controle de capitais.
Os dois expositores convidados para falar na última rodada de conferências defenderam ideias divergentes sobre o tema.
Samuel de Abreu Pessoa, chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), expôs argumentos contrários à implementação de controles de capitais, divergindo de Fernando Cardim de Carvalho, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que defendeu um reforço da atual política de exercer controles de entrada de capitais externos e de saída de capitais nacionais.
Para Cláudio Puty, a exposição dessas ideias serviu, de fato, para promover uma avaliação da política do Banco Central e do governo federal de promover esse controle, por meio de mecanismos como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
“Nós debatemos justamente a eficácia disso. É importante que a Câmara tenha contato com a fronteira desse debate, inclusive do ponto de vista acadêmico e científico. A comissão ganha com isso e a Câmara também. Ficou claro que não vamos chegar a um consenso sobre a questão, já que ela tem uma origem teórica. O fundamental é defender os interesses do País”, avaliou.
Tarciano Ricarto
