Militares apresentam trabalho de combate ao tráfico na fronteira

A Comissão Especial que analisa as políticas públicas de combate às drogas no país recebeu nesta quarta-feira (27) representantes do Ministério da Defesa. Na reunião os militares mostraram o trabalho realizado no combate ao tráfico de drogas nas regiões de fronteira e a política de prevenção e recuperação de dependentes químicos dentro das Forças Armadas. Para o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), a repressão ao tráfico na região de fronteira avançou nos últimos anos no país, principalmente, com a parceria realizada entre a Polícia Federal e as Forças Armadas.

“As Forças Armadas têm atuado no apoio à Polícia Federal na extensa fronteira do país, que só não faz limite com apenas dois países, Equador e Chile. Nos últimos anos, a legislação avançou com a aprovação, por exemplo, da Lei do Abate, que aumentou a pressão sobre os narcotraficantes”, esclareceu. Segundo o parlamentar, mesmo com os avanços, os recursos aplicados no combate ao tráfico nessa região precisam aumentar, pois a área é extensa e precisa ser melhor vigiada.

O coronel do Exército, João Batista Stevaux, representante do ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que o país conta com uma grande estrutura na repressão ao tráfico. “Vigiamos uma das maiores fronteiras do mundo, com grandes rios e densas florestas mas estamos presentes em batalhões do Exército na selva, bases fluviais da Marinha, além de termos aeronaves que patrulham essas regiões, com a ajuda de um moderno sistema de monitoramento do espaço aéreo”, destacou.

Ao explicar a dificuldade de combater o tráfico de drogas, o militar lembrou que nem os Estados Unidos, país que mais investe no combate ao narcotráfico no mundo, consegue evitar que drogas ilícitas entrem em território norte-americano através de suas fronteiras.

Já o general de Divisão, Francisco José Távora, Chefe do Departamento de Saúde e Assistência Social do ministério da Defesa, disse que as Forças Armadas também adotam políticas de prevenção e tratamento de viciados em entorpecentes dentro das forças Armadas. “Apesar do filtro que realizamos na seleção dos futuros militares, as Forças Armadas desenvolvem Programas de Prevenção e Tratamento de militares dependentes de substâncias entorpecentes, visando a recuperação, não só dos militares, mas também extensivo aos familiares dos dependentes”, explicou.

Agenda- Segundo Reginaldo Lopes, na próxima semana, a comissão vai realizar audiência pública para conhecer alguns modelos de tratamento realizados por casas de recuperação de dependentes químicos. Também serão debatidas políticas públicas voltadas para a prevenção e o acolhimento de viciados em drogas.

Héber Carvalho

 

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