Parlamentares da bancada do PT na Câmara ocuparam a Tribuna nesta terça-feira (12) para manifestar apoio à campanha de desarmamento anunciada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo para ser lançada em maio. O líder da bancada, deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse que a bancada “apoia todas as iniciativas visando conter a disseminação das armas de fogo no país”. O deputado José Guimarães (PT-CE) elogiou “o apoio da bancada do PT a mais uma campanha nacional pelo desarmamento”. De acordo com Guimarães, a campanha, coordenada pelo ministério da Justiça, “dará continuidade àquela iniciada pelo Governo do Presidente Lula e deverá ser antecipada para maio, com previsão da ordem de pouco mais de R$ 10 milhões”, explicou.
“Há duas vertentes para enfrentar o problema da violência no país. A primeira é apoiar as iniciativas do Governo, especialmente campanhas pelo desarmamento. Na última campanha realizada pelo Governo, foram recolhidas mais de 40 mil armas. Faz-se necessário nova campanha, mesmo que tenhamos de realizar novo plebiscito”, destacou José Guimarães.
Na avaliação do parlamentar petista, as campanhas pelo desarmamento são eficientes. “A sociedade brasileira está chocada com a recente tragédia ocorrida no Rio de Janeiro. As campanhas pelo desarmamento diminuem o uso das armas de fogo pela juventude e pela sociedade em geral. Mas é importante agregar a elas o que é para mim a raiz do problema e que deveria ser a preocupação central do Governo e da sociedade: desenvolver uma cultura cidadã, uma cultura de paz, a começar entre nossas crianças”, disse Guimarães.
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) afirmou que “é preciso levantar o debate e a consciência, pois essa é uma campanha a favor da vida”. “Quero fazer aqui um apelo a esta Casa, principalmente a nós, mulheres. Temos de entrar nessa campanha do desarmamento porque nossos filhos estão morrendo. Estaremos nessa campanha, não com o sentimento como uma onda, mas com muita responsabilidade, não apenas para fazer uma consulta ao povo, porque o Brasil disse não ao desarmamento”, disse.
Gizele Benitz
