O Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, apresentou nesta quinta-feira (7) ao Núcleo de Finanças da bancada do PT na Câmara um panorama do cenário econômico do País. Ele mostrou dados que demonstram que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 deverá ficar entre 4,5 e 5%. O índice, disse, apesar de inferior ao registrado em 2010 (PIB de 7,5%), demonstra que a economia brasileira, a despeito da forte desaceleração registrada em todo o mundo, cresce de forma sustentável e não tem “nada de inflacionária”.
O economista apresentou ainda aos parlamentares os indicadores do regime de metas de inflação no acumulado dos últimos 12 meses. A expectativa é de que o índice fique na casa dos 5,9% até o final do ano. Já o índice de inflação ao consumidor, que ficou na faixa de 5% durante o ano passado, deverá chegar ao final do ano em cerca de R$ 4,5%.
Os dados, na avaliação do deputado Rui Costa (PT-BA), coordenador no Núcleo de Finanças, são animadores e revelam o equilíbrio da equipe econômica do governo Dilma, que vem combinando desenvolvimento com controle inflacionário. “Estes indicadores sinalizam que a atividade econômica no país não está superaquecida. Há uma expectativa de que a inflação se nivele no patamar de 4,5%, pelos próximos 24 meses. Poderá haver um pico entre julho e setembro deste ano, fruto dos efeitos laterais da crise, mas chegaremos ao final do período com a inflação dentro da média prevista”, declarou.
Para o presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, deputado Cláudio Puty (PT-PA), a manutenção do crescimento da economia, mesmo com efeitos da crise nos chamados países desenvolvidos , confirma o acerto na política econômica da presidenta Dilma.
“Os dados são importantes e revelam que podemos crescer mais. Há consenso dos economistas e do Banco Central de que ainda não atingimos um teto no crescimento econômico”, destacou. Puty reafirmou o compromisso com a agenda legislativa do governo e disse que vai trabalhar para acelerar a aprovação dos projetos da reforma tributária, que deverão chegar ao Congresso em breve.
Entre as propostas de interesse do governo para este ano, estão a ampliação de limites do Supersimples, a desoneração da folha de pagamento e a reforma do ICMS, PIS e Confins. As medidas provisórias do desenvolvimento financeiro (PM 517/11), do Cadastro Positivo e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Superior (Pronatec), que deverá chegar ao Congresso ainda neste semestre, também estão na lista de prioridades do governo.
Edmilson Freitas
