O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, informou nesta quarta-feira (6) que a meta do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) é oferecer internet e banda larga a 35,2 mil domicílios, em 2014, a R$ 35. O valor, segundo o ministro, poderá cair para R$ 15, se for concretizada a redução tributária para o setor, em fase de negociação com os governos estaduais. As declarações foram feitas durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara para debater o PNBL. Paulo Bernardo garantiu que a internet banda larga será oferecida pelo mesmo preço em todos os municípios, incluindo áreas menos populosas, como a Região Norte. “Estamos trabalhando em soluções técnicas para isso”, afirmou o ministro.
De acordo com o ministro, em 2010, o Brasil tornou-se o quarto mercado mundial de venda de computadores, atrás dos Estados Unidos, da China e do Japão, com 13,7 milhões de computadores vendidos. Para este ano, a expectativa é de venda de 16 milhões de unidades. Segundo Paulo Bernardo, atualmente 34% dos brasileiros tem computador, sendo 27,4% com internet. Dados de 2009 mostram que 10,2 milhões de domicílios tinham internet banda larga, com preço médio de R$ 96,00.
O deputado Sibá Machado (PT-AC) elogiou os investimentos do governo no PNBL e ressaltou os impactos da inclusão digital na educação brasileira. O parlamentar acredita que em breve será possível o governo oferecer internet banda larga gratuita para a população de baixa renda. “Acredito que se reduzir para R$15, os governos locais poderão até colocar internet gratuita. O Acre, por exemplo, já estuda um programa nesta direção. Tudo isso impactará diretamente na qualidade da educação básica do país”, afirmou.
Membro da comissão, o deputado Carlinhos Almeida (PT-SP) ressaltou a importância da democratização da comunicação no Brasil. “Os dados apresentados pelo ministro demonstram o compromisso do governo com a democratização das comunicações no país, neste sentido, é fundamental o acesso à internet banda larga nos domicílios brasileiros e nas escolas”, afirmou.
Dados – O ministro acrescentou ainda que, além do PNBL, os principais projetos da pasta são os de promover a inclusão digital e a implantação da TV digital; elaborar um novo marco regulatório para as comunicações eletrônicas; e implementar infraestrutura de comunicação para a Copa das Confederações em 2013, para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016.
Edmilson Freitas com Agência Câmara
