O plenário da Câmara aprovou nesta terça-feira (5) o parecer favorável do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) à medida provisória (MP 511/10), que autoriza a garantia do financiamento do Trem de Alta Velocidade (TAV), no trecho entre os municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Campinas (SP).
As diversas manobras dos partidos de oposição na tentativa de impedir a votação não foram suficientes e o texto principal da MP foi aprovado. Os destaques serão apreciados na sessão ordinária desta quarta-feira (6) para concluir a votação da medida que seguirá para análise do Senado.
Para o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), a aprovação da medida é um passo do Brasil para o futuro. “O trem de alta velocidade representa mais um passo para investimentos e infraestrutura para o País. Derrotamos aqueles que pensam num Brasil pequeno, num Brasil que não será potência. Com o trem-bala, o país terá desenvolvimento econômico e criação de empregos com distribuição de renda”, ressaltou.
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), afirmou que a MP é de fundamental importância. “Temos um problema de estrangulamento hoje na artéria principal da economia brasileira que é na região entre São Paulo e Rio de Janeiro, Vale do Paraíba e Campinas, aonde tem grande percentual da produção brasileira. Criar o trem de alta velocidade é construir uma alternativa de transporte, de logística que desobstrui essa artéria e que beneficiará todo o Brasil”, disse Paulo Teixeira.
Zarattini incluiu em seu relatório a criação da Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade S.A. (Etav). “Essa empresa vai realizar as desapropriações necessárias para a construção da linha. Além disso vai transferir a tecnologia do concessionário que tem a tecnologia fora do Brasil para as empresas brasileiras, porque queremos que as empresas brasileiras tenham condições de construir esse trem para as futuras linhas”, explicou o petista.
Na opinião do relator, a implantação do trem -bala “será fundamental para a solução do transporte de passageiros entre as principais cidades da região Sudeste do Brasil”. “Essa região, formada por três grandes metrópoles (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) é ainda o centro econômico do país e enfrenta sérios problemas de infraestrutura de transporte”, destacou Zarattini.
Gizele Benitz
