A Frente Parlamentar Mista de Combate a Corrupção foi relançada nesta terça-feira (5), na Câmara, com o apoio de 209 deputados. Segundo o coordenador do colegiado, deputado Francisco Praciano (PT-AM), o objetivo da Frente é lutar pela aprovação de mais de 100 projetos referentes ao combate a corrupção que se encontram parados na Câmara. Entre os projetos citados por Praciano encontra-se a PEC 422/05, de autoria do deputado Luiz Couto (PT-PB), que cria varas especiais especializadas no julgamento de atos de improbidade administrativa na administração pública. Ao citar pesquisa que mediu os impactos da corrupção no Custo Brasil, realizada pela Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP), o Coordenador da Frente afirmou que “de 1,3 a 2,3% do PIB brasileiro são desviados pelo ralo da corrupção”, afirmou.
Praciano também disse que o combate mais efetivo à corrupção poderia trazer mais recursos para aplicação na área social do país. “Sem a corrupção, por exemplo, poderíamos aumentar em 89% o número de leitos hospitalares dos atuais 367 mil leitos para 684 mil”, destacou.
Segundo o deputado, até mesmo os investimentos no Brasil são afetados pela corrupção. Para o parlamentar “muitos empresários não investem no país por não se submeterem à propina e quando o fazem, esses mesmos empresários transferem esse custos para os serviços e as obras públicas, acarretando prejuízos a sociedade”, disse.
A solenidade de recriação da Frente contou com a presença dos presidentes da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), César Matta; e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Henrique Calandra. Representando o Ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, esteve presente o secretário de Prevenção a Corrupção e Informações Estratégicas da CGU, Mário Spinelli, além do Secretário Geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coelho.
Héber Carvalho
