Luiz Couto lamenta morte de teólogo

O deputado Luiz Couto (PT-PB) registrou em plenário o falecimento neste domingo (27) do Padre José Comblin, aos 88 anos. Padre Comblin foi um dos seguidores e principais assessores de Dom Hélder Câmara, de Pernambuco, o defensor dos direitos humanos e da opção da Igreja pelos pobres, que chegou a ser conhecido durante a ditadura brasileira como o “bispo vermelho”.

Padre Comblin era de origem belga e trabalhava na América Latina desde 1958. Era um dos mais importantes teólogos da Teologia da Libertação em todo o mundo. Autor de vários livros, entre eles Teologia da Enxada, corrente teológica surgida em 1969 na Igreja Católica do Nordeste do Brasil e que tem como base a reflexão a partir da realidade dos agricultores e famílias camponesas.

Devido às suas ideias, disse o deputado Luiz Couto, o Padre Comblin foi perseguido pelo regime militar implantado no Brasil em 1964, chegando a exilar-se no Chile para fugir das perseguições. Em 1972, voltou ao Brasil, onde foi preso e deportado para a Bélgica. Só em dezembro de 2010, o pedido de sua deportação foi oficialmente extinto pelo Governo brasileiro.

“Tenho certeza de que a semente que o Padre Comblin plantou permanecerá. Estamos diante da perda irreparável de um homem que dedicou toda a sua vida a serviço da causa dos empobrecidos”, ressaltou Luiz Couto.

Gizele Benitz

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