Câmara poderá autorizar financiamento de trem-bala

trem bala_D1O plenário da Câmara deverá apreciar na próxima semana a medida provisória (MP 511/10), primeiro item da pauta de votação. A medida, relatada pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), autoriza a garantia do financiamento do Trem de Alta Velocidade (TAV), no trecho entre os municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Campinas (SP).

A MP deveria ser apreciada nesta semana, conforme acordo de procedimento fechado entre os líderes partidários. No entanto, os partidos de oposição descumpriram o acordo e a medida deverá ser discutida e votada na sessão ordinária da próxima terça-feira (29), marcada para às 14h. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) lamentou o adiamento da votação, mas afirmou que a base aliada tem maioria para votar. “A oposição atrasou desnecessariamente a votação do trem-bala e tínhamos maioria para votar. Esse debate está contaminado por setores da oposição contrários ao trem-bala”, disse Vaccarezza.

Solução – Em seu parecer favorável à MP, o deputado Carlos Zarattini defende a implantação do Trem de Alta Velocidade, conhecido como trem-bala. “Ele será fundamental para a solução do transporte de passageiros entre as principais cidades da região Sudeste do Brasil. Essa região, formada por três grandes metrópoles (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) é ainda o centro econômico do país e enfrenta sérios problemas de infraestrutura de transporte”, ressaltou o relator.

Ainda de acordo com Zarattini, a implantação do trem se apresenta como solução para resolver os problemas de deslocamento, fundamental para o desenvolvimento da região Sudeste e de todo país. “O trem é um sistema moderno de transporte de passageiros que pode recuperar esse importante modal de transporte abandonado após a privatização das ferrovias brasileiras no governo FHC”, destacou o relator.

O TAV, acrescentou Zarattini, também apresenta um alto índice de eficiência energética. “Se considerarmos todos os sistemas de transporte convertidos para apenas uma unidade energética, verificamos que o TAV transporta 170 passageiros por km, enquanto o ônibus transporta 54 passageiros, o automóvel 39 passageiros e o avião apenas 20 passageiros por unidade energética”.

Do ponto de vista ambiental, explicou o relator, o TAV é ainda mais vantajoso. “Considerando-se uma viagem de 600 km, o transporte aéreo despeja 80 kg de CO2 na atmosfera por passageiro, enquanto com o TAV apenas 13 kg por passageiro são emitidos”, disse Zarattini.

Ele explicou ainda que o sistema registra pouquíssimos acidentes, nenhum de grandes proporções. “Com isso podemos também ver reduzida a verdadeira guerra do trânsito no Brasil que produz mais de 35 mil mortes por ano. Portanto, vai colaborar com a saúde dos brasileiros, seja pelo aspecto ambiental, seja pela redução de acidentes. Esse é um projeto altamente importante para a modernização da infraestrutura de transportes no Brasil”, finalizou Carlos Zarattini.

Gizele Benitz

 

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