O Ministério da Educação aumentou na quinta-feira (3) os benefícios disponíveis aos professores de escolas públicas de educação básica que desejem cursar alguma licenciatura. Desde o ano passado está em vigor a possibilidade de que paguem os estudos atuando na rede pública depois da formatura.
Agora, poderão se beneficiar também de empréstimo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Para cada mês trabalhado em regime de 20 horas semanais será abatido 1% da dívida – o que permitirá quitar o empréstimo em oito anos e quatro meses sem custo financeiro.
Para quem já exerce o magistério, o tempo em que estiver estudando e trabalhando na escola pública passará a contar para o abatimento da dívida, desde que o educador comprove que lecionou pelo menos 20 horas semanais em escolas públicas. O ministro Fernando Haddad avalia que este abatimento dará novo incentivo aos jovens que procuram a educação superior decididos a ingressar no magistério público. Para obter o benefício, o educador ou estudante deve formalizar o pedido no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Pesquisa realizada pelo MEC em 2009 constatou que mais de 381 mil professores da educação básica – 16% dos que atuam em sala de aula – estão matriculados em cursos superiores. O ministro disse que o MEC quer conhecer melhor esse público e irá detalhar os dados. Ainda de acordo com o mesmo levantamento, 600 mil professores que atuavam na educação básica não tinham formação mínima adequada – ou não tinham diploma em nível superior ou eram formados em outras áreas.
O cruzamento feito entre os dados dos censos da Educação Básica e Superior, que identificou 381 mil professores em busca do diploma, mostra que a maioria – 192 mil – está matriculada em cursos de pedagogia. Em seguida aparecem as licenciaturas em letras, matemática, história, biologia e geografia. Deste total, 67% estão em instituições privadas.
Fonte: Brasilia Confidencial (http://www.brasiliaconfidencial.inf.br/)
