O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) defendeu, em pronunciamento no plenário, um amplo debate sobre a reforma política. “De forma organizada e aberta com toda a sociedade brasileira”, disse. De acordo com Zarattini, “passado o debate sobre o salário mínimo, de certa forma, já se abriu a discussão sobre a reforma política”.
E temos visto ganhar espaço nesse debate, disse Carlos Zarattini, “uma proposta chamada de distritão, ou seja, o voto estritamente nominal, sem levar em conta o voto na legenda ou a somatória dos votos da legenda”. No entanto, acrescentou Zarattini, “quero alertar sobre as consequências da adoção de uma proposta como essa que, praticamente, anula a vida partidária no nosso país e deixa o problema partidário fora das discussões políticas dos períodos eleitorais”.
No voto do chamado distritão, reiterou Zarattini, em que se vota exclusivamente nos candidatos, vai deixar de haver uma composição partidária, fortalecendo as chamadas celebridades. “Essa é a nossa preocupação. O Congresso vai passar a ser composto de celebridades, de pessoas que, às vezes, têm pouca vivência política, pouca vida na política”, ressaltou. Na avaliação do deputado Carlos Zarattini, esse não é o melhor caminho.
“Precisamos, sim, abrir os partidos à participação política, para que as pessoas possam participar da vida política nas suas instâncias partidárias, regularizando e dando vida à ação dos diretórios políticos, em cada bairro das grandes cidades, em cada cidade, em cada Estado”, defendeu.
Gizele Benitz
