Durante os debates no plenário da Câmara, na sessão de votação do projeto de valorização do salário mínimo, vários deputados do PT ressaltaram que o reajuste tem que levar em conta a capacidade de pagamento dos empregadores e a conjuntura econômica.
Para o deputado Jesus Rodrigues (PT-PI), “a sociedade não vive apenas do salário do trabalhador. As empresas e as prefeituras precisam ter capacidade para pagar os salários, sob o risco de um aumento sem previsão de fundos começar a gerar desemprego”.
O deputado Pedro Eugênio (PT-PE) afirmou que a atual regra, baseada no crescimento econômico do país, pode apresentar variações, mas o importante é manter a reposição da inflação. “Toda regra, em determinados momentos da conjuntura, pode gerar aumentos maiores ou menores. Mas o importante é manter sempre a reposição da inflação”, afirmou.
Para o deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS), a manutenção da política de reajuste dará as condições para “continuar havendo emprego e estabilidade e a classe trabalhadora, sempre a mais sofrida, poderá continuar obtendo reajuste real, o que, infelizmente, em épocas passadas não houve”, afirmou.
O deputado Vicente Cândido (PT-SP) lembrou que “a política de reajuste do mínimo faz parte de um conjunto de medidas históricas propostas pelo Partido dos Trabalhadores para diminuir a desigualdade no país”. Já o deputado Newton Lima (PT-SP) lembrou a participação dos trabalhadores na construção do acordo que resultou na atual política do mínimo. “O governo do presidente Lula construiu junto às centrais sindicais um acordo histórico, de valorização progressiva do mínimo”, destacou o parlamentar.
Heber Carvalho
