O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou que a nova proposta de reajuste do mínimo, que o governo deve enviar ao Congresso nos próximos dias, seguirá o mesmo cálculo atual de reajuste. “O novo cálculo do mínimo é o velho cálculo que deu certo. Isso é bom para a sociedade que sabe que, em 2012, o reajuste será de 13%”, afirmou.
Vaccarezza disse ainda que o governo não trabalha com Plano B, e convencerá a base aliada a votar o mínimo de R$ 545 para este ano. “Não trabalhamos com alternativa ao reajuste de R$ 545. Vamos convencer a base a votar a favor e tenho certeza de que os apoiadores do governo vão apoiar este reajuste”, explicou o líder. Ele disse que as centrais sindicais também deveriam apoiar esse modelo de reajuste, pois ele foi proposto pelas próprias centrais sindicais alguns anos atrás.
O governo deverá encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de valorização do salário mínimo até 2014. Segundo o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, essa política de valorização do mínimo seguirá os moldes da atual, de reajustá-lo com base na variação da inflação do ano anterior mais a do Produto Interno Bruto (PIB), registrada nos dois últimos anos.
Luiz Sérgio disse que o envio desse projeto será acertado com os líderes da Câmara e do Senado. A primeira reunião com os líderes da Câmara está marcada para esta terça-feira (8). O projeto inicial, enviado ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, estabelecia a política de valorização do mínimo até 2023. “As centrais sindicais sempre fizeram questão de enfatizar que a política atual foi acertada”, disse Luiz Sérgio.
O ministro afirmou que não há outra alternativa, caso o Congresso rejeite a proposta do governo. “Trabalhamos na linha de confiança. A base [governista] compreenderá que, para o país, ter uma política de valorização do salário mínimo é mais importante do que um reajuste maior”, comentou.
Heber Carvalho com Agência Brasil
