Começa neste domingo (6), em Dacar, no Senegal, a 11º edição do Fórum Social Mundial 2011 (FSM). O evento, que será realizado no campus da Universidade Cheikh, terá como tema central os desdobramentos da crise econômica global.
Mas questões de cunho social, como combate à fome e à miséria, também deverão ser abordados em boa parte das palestras, seminários e workshops que serão realizados no evento, que vai até o dia 11.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve em todas as edições brasileiras do FSM, já confirmou presença no encontro. Essa deverá ser sua primeira participação em eventos internacionais após deixar o cargo. Lula é tido como a principal estrela do FSM. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, será o representante do governo Dilma Rousseff no Fórum
O evento, na avaliação do deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), é um importante espaço para tratar da questão da miséria no mundo. “O grande mote para esse encontro tem que ser a questão da fome. O tema é fundamental porque os países africanos, em especial, enfrentam graves problemas de fome. O grande desafio para o mundo moderno será exatamente a questão alimentar”, afirmou.
Devanir destacou a importância da participação do ex-presidente Lula no fórum e lembrou que o seu protagonismo na política internacional faz dele uma das principais referências para a implementação de programas sociais no mundo.
A presidente Dilma Rousseff já participou de edições anteriores do evento ainda como ministra, mas, no seu primeiro ano de mandato na Presidência, optou por enviar uma equipe representando o governo brasileiro. Carvalho participará de discussões sobre as relações do Brasil com diversos países, principalmente da África.
Economia africana – O contexto da economia africana, deverá estar no centro dos debates do fórum. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia dos países africanos devem crescer algo em torno de 5,5% este ano. Para 2012, a previsão é de resultados parecidos (5,7%). Já a projeção para o crescimento global deverá ficar menor, em torno dos 4,4% em 2011 e 4,5% no próximo ano. Mas o conjunto dos países ricos deve crescer apenas 2,5% por ano até 2012.
Os dados constam do Relatório Global de Estabilidade Financeira e Previsões Econômicas e Financeiras para 2011.
Edmilson Freitas com agências
