Reforma política é prioridade e poderá ser fatiada, diz Marco Maia

marcomaia_entrevista_tvcamaO presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), admitiu nesta quarta-feira (2) a possibilidade de se fazer uma reforma política fatiada.

De acordo com o parlamentar, que concedeu a primeira entrevista coletiva após vencer a disputa para a presidência da Câmara, caso se tente votar uma grande e ampla reforma política, corre-se o risco de chegar ao final de 2011 sem votar nada.

“Temos que iniciar imediatamente um debate sobre a reforma política. Criamos uma grande expectativa de fazer uma grande reforma, daí não percebemos que as pequenas, que já foram aprovadas, trouxeram grandes avanços para o processo eleitoral do país. Temos que colocar na pauta aquilo que formos capazes de produzir consenso para votação. Concordo com o presidente do Senado, senador José Sarney, quando eles diz que a reforma política pode ser uma das maiores contribuições desta legislatura para o país”, afirmou.

Maia defendeu ainda a elaboração de uma agenda de trabalho positiva, criada a partir das demandas do próprio parlamento. Além das reformas política e tributária, o presidente sinalizou que priorizará temas como a extinção da pobreza, combate às drogas, segurança pública, educação e prevenção de desastres ambientais.

Questionado se colocaria na pauta de votações temas polêmicos como o novo Código Florestal e a PEC 300, que concede aumento para policiais militares, Marco Maia disse tratará todos os temas com muita responsabilidade, sempre olhando para o desenvolvimento do país. “Se houver consenso para votação, vamos pautar.

Não há debate ou pauta proibida dentro do parlamento”, disse o parlamentar.

Salário mínimo – Sobre a medida provisória (MP) que reajusta o salário mínimo, Marco Maia afirmou que o tema deverá ser amplamente debatido. “Todos queremos que o mínimo continue crescendo, sendo um instrumento de distribuição de renda. Entretanto, temos que tratar este tema com muita responsabilidade, porque precisamos manter as contas públicas equilibradas”, disse. A MP reajusta o salário mínimo de R$ 510,00 para R$ 545,00.

Desenvolvimento regional – Marco Maia sinalizou que pretende dar atenção especial às proposições que assegurem o desenvolvimento regional do País. De acordo com o parlamentar, uma política tributária mais equilibrada poderá ajudar no desenvolvimento das regiões mais longínquas e mais pobres. Ele se comprometeu ainda a dar fôlego às propostas, em tramitação na Casa, que visam o aumento da participação da mulher nos espaços de poder da Câmara. Durante a entrevista, estava presente a 1º vice-presidente da Mesa Diretora, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES). Esta é a primeira vez que uma mulher integra a coordenação da Mesa.

Edmilson Freitas

 

 

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