A produção industrial brasileira cresceu 10,5% em 2010, em relação ao ano anterior. A expansão é a maior desde 1986.
O primeiro semestre do ano apontou crescimento mais acentuado (16,2%) que o observado no semestre seguinte (5,6%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior, reflexo não só da baixa base de comparação, decorrente dos efeitos da crise econômica internacional no final de 2008, mas também do menor dinamismo do setor industrial no último trimestre de 2010 (3,3%).
Em 2010, observou-se perfil generalizado de crescimento, com todas as categorias de uso, 66 dos 76 subsetores, 25 dos 27 setores e 75% dos produtos investigados mostrando expansão na produção. O dado foi divulgado hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre as categorias industriais, o maior crescimento foi registrado entre os bens de capital, com alta de 20,8%. Os bens intermediários tiveram um aumento na produção de 11,4%. Entre os bens de consumo, os duráveis tiveram alta de 10,3% e os semi e não duráveis, de 5,2%.
Entre as atividades, as influências mais expressivas sobre a média global vieram dos setores de veículos automotores (24,2%) e de máquinas e equipamentos (24,3%), seguidos por metalurgia básica (17,4%), indústrias extrativas (13,4%), outros produtos químicos (10,2%), produtos de metal (23,4%), alimentos (4,4%), borracha e plástico (12,5%) e bebidas (11,2%).
Para o deputado André Vargas (PT-PR), membro da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comercio da Câmara, o bom desempenho do setor industrial demonstra o acerto e a força da economia brasileira. “Ao contrário do que dizia a oposição, que previa uma desindustrialização, o Brasil não só continua crescendo, como se prepara para se desenvolver ainda mais, com qualidade e sustentabilidade. Tudo isso, é fruto da política de desenvolvimento econômico com distribuição de renda do governo do presidente Lula”, afirmou.
O destaque para o setor de bens de capital, na avaliação do parlamentar, é um sinal claro de que a economia brasileira continuará crescendo em ritmo acelerado. “Os bens de capital refletem exatamente a capacitação e o desenvolvimento da indústria nacional. Esse é um indicador muito positivo”, destacou. Apesar do crescimento acumulado em 2010, a indústria teve queda de 0,7% na produção no mês de dezembro.
Edmilson Freitas com Agência Brasil
