Jovens brasileiros lideram otimismo para um futuro promissor, aponta pesquisa francesa

odair_cunhaA juventude brasileira é a segunda mais otimista em relação ao seu futuro pessoal e a terceira a considerar que as perspectivas de seu país são promissoras, segundo a pesquisa “2011 – A Juventude do Mundo”, divulgada na noite de terça-feira (18) pela Fundação para a Inovação Política (Fundapol) da França.

A pesquisa revela as aspirações, os valores e as preocupações atuais dos jovens no mundo. Ela foi realizada em 25 países em cinco continentes, com 32,7 mil pessoas. Segundo o estudo, 87% dos jovens brasileiros consideram que seu futuro será promissor, atrás apenas dos indianos (90%).

Em relação ao futuro de seus países, o otimismo dos jovens do Brasil fica em terceiro lugar: 72% acreditam que ele também será promissor. Na Índia, o índice foi de 83% e, na China, de 82%. No entanto, apenas 17% dos jovens gregos, 23% dos mexicanos, 25% dos alemães e 37% dos americanos consideram que o futuro de seus países será promissor.

O otimismo do jovem brasileiro, na avaliação do deputado Odair Cunha (PT-MG), deve-se a um conjunto de fatores que vão desde a expansão do ensino profissional à geração recorde de empregos nos últimos oito anos. “O Brasil está em franco crescimento. O governo Lula criou uma rede de proteção aos jovens, estabilizou a economia e promoveu o desenvolvimento social e econômico do País”, disse.

Para o parlamentar, “à medida que o governo fortalece os espaços de qualificação profissional, criam-se oportunidades de acesso ao mercado de trabalho. Por tudo isso, o jovem brasileiro não poderia manifestar uma expectativa futura diferente”, afirmou.

Pesquisa – Os jovens das grandes potências emergentes também são os que mais têm confiança de que terão um bom emprego no futuro. No Brasil, esse índice é de 78%. No Japão, somente 32% acham que isso irá ocorrer.

A juventude da Índia, da China e do Brasil também é a que mais vê a globalização como uma oportunidade e não como uma ameaça. Os números são, respectivamente, 91%, 87% e 81%. “De uma maneira geral, se considerarmos outros itens da pesquisa, podemos considerar que a juventude brasileira é de longe a campeã de otimismo”, disse à BBC Brasil Dominique Reynié, coordenador-geral do estudo e diretor do centro de estudos francês Fondapol.

Poluição – O vasto estudo, que totaliza mais de 26 mil páginas, abordou 224 temas variados, que vão desde questões econômicas, como emprego e aposentadoria, à confiança nas instituições políticas ou na polícia, além de assuntos ligados à religião, família, sexo, ecologia e internet, entre outros.

Alguns elementos dessa ampla pesquisa, que ainda está sendo compilada em um livro de cerca de 500 páginas, foram divulgados em um evento na noite de terça-feira em Paris. Segundo a pesquisa, os jovens chineses são os mais preocupados com a poluição (51%). Em uma questão sobre as três maiores ameaças para a sociedade, a poluição, para os chineses, representa um problema maior do que a fome ou a pobreza (43%). Já no Brasil, 61% afirmam que temem mais a fome ou a pobreza do que a poluição (45%), como na maioria dos países que integram o estudo.

A juventude brasileira é a quarta que se diz mais disposta a dedicar tempo à religião (58%), atrás do Marrocos (90%), da África do Sul (72%) e da Turquia (64%) e à frente de Israel (52%). Já na França e na Espanha, esse índice é de apenas 15%.

Mais de um terço dos jovens brasileiros acha que as relações sexuais só devem ser permitidas no casamento, segundo a pesquisa. A média da União Europeia é de 20%. Em relação às prioridades para os próximos 15 anos (o questionário permitia escolher três em uma lista de dez), 60% dos jovens indianos afirmam que querem ganhar muito dinheiro.

A pesquisa descobriu ainda que 39% dos jovens brasileiros dizem não estar dispostos a pagar pelas aposentadorias das gerações anteriores, somente 27% dizem confiar no Congresso e 62% preferem uma sociedade com distribuição de riquezas a uma sociedade que recompensa o esforço individual – índice próximo aos dos países escandinavos ou da França e bem acima dos outros grandes países emergentes.

Equipe Informes com informações da BBC Brasil

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