Em dez anos, País dobrou número de mestres e doutores

fatimabez_thumbO número de mestres e doutores titulados no Brasil dobrou nos últimos dez anos. De 2001 a 2010, a quantidade de pesquisadores formados por ano no país passou de 26 mil para cerca de 53 mil, segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

De acordo com o órgão, só em 2010, 12 mil receberam o título de doutor e 41 mil o de mestre. Esses dados constam do balanço final do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação divulgado pelo governo federal no fim do ano passado.

Os dados, na avaliação da deputada Fátima Bezerra (PT-RN), refletem o empenho do governo Lula na expansão do ensino superior no Brasil. O aumento de recursos para o setor, na avaliação da petista, também foi fundamental para a expansão. “Em 2002, os recursos para a educação superior no País eram da ordem de R$ 19 bilhões. Em 2010, este montante saltou para cerca de R$ 60 bilhões, ou seja, três vezes mais do que recebemos. Sem isso, não seria possível formar tantos mestres e doutores”, explicou.

O desafio agora, segundo Fátima Bezerra, é dar continuidade a essa política de expansão. A petista espera que o tema seja amplamente debatido durante a apreciação do novo Plano Nacional de Educação (PNE), em análise na Câmara. “Esse debate é estratégico para a qualidade da educação brasileira, pois representa passos significativos na formação do magistério brasileiro. Temos que aproveitar a discussão do PNE, que prevê metas para a educação superior, para ousarmos mais nesta área”, disse Fátima, que será relatora do PNE na Comissão de Educação da Câmara.

Dados – O documento compila informações de vários órgãos ligados à pesquisa no país e avalia o resultado de um plano de investimento lançado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em 2007. Segundo o documento, só em 2009, 161 mil estudantes estavam matriculados em programas de mestrado e doutorado de universidades brasileiras. O número equivale a 90% da soma dos mestres e doutores titulados no país de 2003 até 2009.

De acordo com o pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo (USP), Vahan Agopyan, nos últimos dez anos, o número de cursos de pós-graduação no país também cresceu. Em 2001, eles eram 1,5 mil. Já em 2009, subiram para 2,7 mil. Só as universidades federais têm quase 1,5 mil programas de mestrado ou doutorado.
Além disso, cresceu o número de bolsas de estudo concedidas a estudantes. Em 2001, a Capes e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) concederam 80 mil bolsas de mestrado e doutorado. Em 2010, foram 160 mil.

Edmilson Freitas com Agência Brasil

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