Fernando Ferro defende Bolsa Família e ações para fim da pobreza no país

 

ferr0_gabO líder da bancada do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PT-PE), rechaçou nesta terça-feira (11) a ideia de que o programa Bolsa Família seja assistencialista.

Segundo o parlamentar, que participou de debate na TV Câmara sobre ações de combate à pobreza,  dar este tipo de conotação ao programa que tirou mais de 28 milhões de brasileiros da pobreza é desconhecer a realidade do país. “Essa é uma visão preconceituosa, que desconsidera e desconhece a realidade de quem esta morrendo de fome”, disse Ferro.

O parlamentar ressaltou a determinação da presidente Dilma de expandir o programa. E explicou que assim que o país conseguir extinguir a pobreza extrema, outras iniciativas serão inseridas para criar portas de saída para seus beneficiários. “Para levarmos essas pessoas à condição de cidadãos, primeiro elas precisam sobreviver. Estamos fechando este ciclo para em seguida introduzir políticas inclusivas, que vão desde a política do salário mínimo à reinserção profissional dessas camadas sociais”, declarou.

O petista rebateu criticas de opositores ao Bolsa Família e atribuiu ao neoliberalismo a culpa pela imensa desigualdade social que se construiu no Brasil ao longo de sua história. “A miséria não foi uma criação imediata. O subdesenvolvimento é obra de ‘gente competente’. A miséria foi construída através de políticas públicas que privilegiaram o surgimento de profundas desigualdades sociais e regionais no Brasil. A reinserção dessas pessoas numa vida digna é um trabalho que exige participação da sociedade e de todo o Estado brasileiro”, disse.

Má gestão – Para o líder petista, o fim da miséria no Brasil só não foi concluído devido ao despreparo de alguns gestores municipais, que não conseguem apresentar projetos qualificados para reversão destes quadros. “Os gargalos que estamos enfrentando se devem à incapacidade de alguns estados e municípios de apresentar projetos qualificados para uma correta aplicação desses recursos”, explicou Ferro, citando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como o carro-chefe para o desenvolvimento do país.

O petista falou ainda da importância de se combater o analfabetismo. Ferro acredita que os piores índices de pobreza entre a população brasileira estejam exatamente entre as pessoas menos escolarizadas. “Temos algo em torno de 16 a 17 milhões de analfabetos. Temos que intensificar as campanhas de reversão deste quadro porque, lamentavelmente, é nesta população que estão uma boa parte dos miseráveis, das pessoas excluídas e sem oportunidades deste país”, afirmou.

Salário mínimo – O petista não descartou a possibilidade do Congresso Nacional debater um valor do salário mínimo superior aos R$ 540,00 aprovado na proposta Orçamentária de 2011. “Este é um debate justo e possível, desde que o façamos com responsabilidade. Não podemos ignorar as preocupações dos municípios que não podem arcar com um aumento maior. Entretanto, creio que há margem de negociação, pois estamos tratando de uma matéria que diz respeito ao processo de melhoria da vida das pessoas”, afirmou.

Edmilson Freitas

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