Para ter uma democracia plena, o Brasil precisa resgatar a verdade do que ocorreu durante a ditadura militar. A a avaliação é da presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Iriny Lopes (PT-ES).
Ela participou do Seminário Internacional promovido nesta terça feira (14) pela comissão para debater experiências de outros países sobre Comissões de Memória e Verdade. De acordo com a deputada o objetivo do debate é proporcionar ao parlamento brasileiro elementos que contribuam na formulação de lei, a partir de experiências como da Argentina, África do Sul, Peru e Paraguai. “A nossa intenção foi colher a contribuição desses países que estão restabelecendo a verdade em memórias das vítimas de regimes iguais ao vivido pelo Brasil”, disse.
Segundo Iriny, as experiências desses países podem contribuir para a implementação de uma comissão para resgatar a memória e a verdade das violações de direitos humanos ocorridos no último período da ditadura militar no país. Para a deputada, a intenção do seminário é propiciar esclarecimentos, principalmente às futuras gerações. “É preciso dizer que não tivemos nenhuma intenção de reinstalar qualquer clima de revanche, mas que os jovens do futuro tenham nesse processo, aprendizado necessário para não violar os direitos humanos para prevalecer e hegemonizar um pensamento político na sociedade”, disse.
O evento teve como parceiros, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
Benildes Rodrigues
