Os líderes partidários na Câmara tentaram, sem sucesso nesta terça-feira, fechar um acordo que permitisse apreciar no plenário outras matérias além das medidas provisórias. A tentativa fracassou e os deputados aprovaram apenas mais uma medida provisória (MP) das dez que trancam a pauta. Durante reunião, os líderes chegaram, inclusive, a definir algumas propostas consideradas prioritárias para serem colocadas em votação, mas a insistência em temas considerados polêmicos, como as mudanças no Código Florestal e a PEC 300, que trata da remuneração dos policiais militares e bombeiros, impediu a votação das matérias.
Para o deputado José Genoino (PT-SP), que representou a Liderança do governo nas negociações, a ideia era fazer um acordo global para atender também o apelo dos governadores. “Queríamos votar o substitutivo do Senado sobre o pré-sal; o projeto que trata da Lei Kandir, um pedido dos governadores; o Fundo de Combate à Pobreza e até uma proposta da oposição de alteração do SuperSimples. Mas há insistência de se colocar em votação matérias que não têm consenso e isso é muito difícil”, explicou Genoino.
Sobre a PEC 300, dos policiais, José Genoino informou que existe uma proposta para a criação de uma comissão para estudar o tema segurança de forma mais global. De acordo com o 1º vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), que participou das negociações com os líderes partidários, essa comissão poderia analisar a PEC 300 e outras propostas ligadas ao tema segurança pública. “Essa comissão começaria a trabalhar imediatamente, mas para deliberação no próximo ano”,disse Maia.
Gizele Benitz
