Central de Atendimento à Mulher registra mais de 1, 5 milhão de atendimentos

violenciacontramulher2Dados da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – revelam que de abril de 2006 a outubro de 2010 foram registrados 1.539.669 atendimentos. Fatores como a Lei Maria da Penha, o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, melhorias tecnológicas e capacitação de atendentes são responsáveis por esse crescimento.
Nestes quatro anos, a busca por informações sobre a Lei Maria da Penha foi de 407.019 registros. A meta de um milhão de atendimentos, prevista no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM) para 2011, foi atingida em maio deste ano.

Atendimentos em 2010 – De janeiro a outubro, a Central de Atendimento à Mulher contabilizou 615.791 atendimentos – um aumento de 128% em relação ao mesmo período de 2009 (269.258 atendimentos). O perfil dos relatos de violência  recebidos pelo Ligue 180 revela que 93,2% das denúncias são feitas pela própria vítima; 68,3% das vítimas sofrem
crimes de lesão corporal leve e ameaça; 57,7% das vítimas sofrem as agressões diariamente; 50,3% das vítimas se percebem em risco de morte; e 38% das vítimas apresentam tempo de relação com o agressor superior a 10 anos.

Do total de atendimentos prestados pelo Ligue 180, 61% são relacionados à busca por serviços. A maioria das demandas é encaminhada às Delegacias Especializadas (49%) e aos Centros de Referência de Atendimento às Mulheres (27,4%). Isso reflete a importância da existência do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, que em
seu Eixo 1 (implementação da Lei Maria da Penha e fortalecimento de serviços especializados de atendimento) prevê o fortalecimento destes e outros serviços nos estados e municípios.

Relatos de violência – Dos 95.549 relatos de violência, a maioria dos agressores são os próprios companheiros ou ex-companheiros das vítimas em 69% das situações. Do total desses relatos, 55.918 foram de violência física; 24.663 de violência psicológica; 11.323 de violência moral; 1.628 de violência patrimonial; 2.017 de violência sexual; 386 de cárcere
privado; e 68 de tráfico de mulheres.

Perfil das mulheres – A maior parte das mulheres que entrou em contato com a central tem entre 20 e 49 anos, é casada e cursou até o ensino médio. Declaram ter filhos 84,7% das vítimas, destes 67% presenciam a violência e 17% sofrem agressão junto com a mãe

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