Marroni destaca recuo da Aids no mundo

O deputado Fernando Marroni (PT-RS) registrou, em pronunciamento no plenário, relatório divulgado ontem pela Agência da ONU para o combate à Aids (Unaids) e que aponta desaceleração na epidemia de Aids no mundo. O relatório da Unaids revela que, em 2009, em
comparação a 1999, o número de casos caiu de 3,1milhões para 2,6 milhões, o que significa uma queda de quase 20% na taxa de contaminação em dez anos. “O número continua elevado e merece toda a preocupação das autoridades de saúde mundiais, no entanto, é preciso destacar
que esta é a primeira vez que o mundo recebe boas novas sobre o combate a Aids”, disse.

Segundo o relatório, em 2009, pelo menos 2,6 milhões de pessoas se tornaram soropositivas. No ano passado, a Aids matou 1,8 milhão de pessoas, 300 mil a menos que em 2004. Os dados da Unaids, de acordo com o parlamentar petista, são ainda mais animadores quando se leva em consideração a redução da taxa de infectados pelo vírus entre a população jovem. “Houve uma queda de 25% no número de atingidos por HIV, especialmente nas nações mais pobres e que tradicionalmente apresentavam índices elevados da doença, como os países
africanos, por exemplo”, explicou Marroni.

Referência – De acordo com Fernando Marroni, é preciso ressaltar o papel do Brasil diante desse processo de combate a epidemia de Aids no mundo. “Desde que o HIV passou a ser visto como um inimigo mundial, o Brasil tomou a dianteira do processo de democratização do
tratamento de infectados e de massificação de campanhas de conscientização e esclarecimento sobre a doença. Somos uma nação reconhecida mundialmente como exemplo no combate à AIDS”, disse.

Os dados do relatório da Unaids, na avaliação do parlamentar petista, confirmam de que o principal fator para conter o avanço da Aids é a prevenção. “Campanhas feitas em todo o planeta, inclusive aqui no Brasil, tem conscientizado as pessoas da importância do uso do preservativo.

Porém, tão fundamental quanto esta conscientização é o acesso a medicamentos de controle da doença, os chamados antirretrovirais. Através da democratização do uso destes remédios, durante muitos anos restritos a países ricos, foi possível conter consideravelmente a disseminação da AIDS, já que os medicamentos são capazes de reduzir em até 92% a transmissão da doença”, explicou.

Segundo o relatório da Unaids, em 2009, 5,2 milhões de pessoas em países de renda baixa e média tiveram acesso ao tratamento antirretoviral. Em países de renda alta, 700 mil pessoas receberam tratamento. Ainda existem, entretanto, 10 milhões de pessoas que precisam de tratamento, mas que não têm acesso aos serviços.

Em todo o mundo, cerca de 33,3 milhões de pessoas estão vivendo com o HIV. O índice de novas infecções diminuiu ou estabilizou-se em pelo menos 56 países. A África Subsaariana continua sendo a área mais afetada pelo vírus, com cerca de sete em cada 10 novas contaminações. No Brasil, a prevalência entre adultos continua menor que 1%, por causa do tratamento com antiretrovirais e campanhas de prevenção.

Equipe Informes com Rádio ONU

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