Visita de Dilma à África indica continuidade na política externa

dilma_dest2A presidente eleita Dilma Rousseff acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua última visita oficial à África, na semana que vem – dias 9 e 10. Ambos ficarão por dois dias em Maputo, capital de Moçambique, antes de seguirem para o encontro dos líderes do G20 (as 20 maiores economias do mundo) em Seul, na Coreia do Sul. “Será um privilégio muito grande que ela, logo depois da eleição e mesmo antes de sua posse, venha a Moçambique”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Baloi.

Segundo ele, o governo de Moçambique considera a visita da presidente eleita um indício de que a África vai seguir como uma das prioridades da política externa do Brasil. “Que melhor sinal de continuidade no relacionamento poderíamos ter se não este?”, indagou Balói, na saída da reunião semanal do Conselho de Ministros moçambicano.

Para o deputado Luiz Alberto (PT-BA), com a viagem, a presidente eleita já indica que dará continuidade ao governo do presidente Lula, que teve grande protagonismo na política externa brasileira. “Essa é a prova de que a presidente Dilma vai aprofundar as relações institucionais exteriores do Brasil, priorizando relações no eixo sul-sul, com foco no continente africano e na América do Sul”, disse. No G20, detacou Luiz Alberto, Dilma será apresentada aos chefes de estado presentes na reunião.

Fábrica de remédios – A agenda oficial da visita a Maputo ainda está sendo finalizada, mas um dos compromissos é a visita ao local onde será instalada uma fábrica de remédios contra a aids. A primeira máquina a funcionar, uma emblistadeira (que molda e embala comprimidos), chegou a Moçambique na semana passada e está sendo montada. Lula e Dilma devem conhecer o local onde a fábrica vai funcionar: um galpão ao lado de uma fábrica de glicose e soro fisiológico do governo moçambicano, que passa por adaptações para receber o laboratório. A fábrica, que será gerida pela Fundação Oswaldo Cruz, produzirá remédios antiaids e posteriormente medicamentos contra a tuberculose e a malária.

Outros projetos – O Brasil possui mais de 150 projetos de cooperação com o continente africano. Além da Fiocruz, instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão envolvidas nas iniciativas.

Equipe Informes com agências

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