Quebra de sigilo de pessoas ligadas a Serra foi encomendada por tucanos, diz presidente do PT

09-03-10-dutra1-D1O presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou nesta quarta-feira (20) que investigações da Polícia Federal mostram que a quebra de sigilo fiscal de dirigentes do PSDB e de pessoas ligadas ao candidato tucano à Presidência da República, José Serra, teria acontecido por pessoas ligadas ao próprio PSDB. Dutra anunciou que o PT vai pedir a abertura de um novo inquérito para investigar se havia uma central de espionagem que seria comandada pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra.

O partido vai pedir também acesso ao inquérito da Polícia Federal que investiga o caso.

José Eduardo Dutra afirmou que para verificar a motivação da quebra de sigilo é preciso se investigar a acusação feita pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. “Nós já vínhamos falando em central de boatos, central de mentiras e agora temos referência a uma central de espionagem, por isso estamos pedindo investigação”, justificou.

Para o presidente do PT, as investigações da PF mostram que não há qualquer relação das violações com o PT ou com a campanha de Dilma. “O que podemos constatar é que caiu por terra qualquer tentativa do candidato Serra e da oposição de dar forma de estrela a esse episódio. Esse bicho tem perna, pena e bico de tucano”, disse o presidente petista.

De acordo com Dutra, “em momento algum houve qualquer solicitação, pedido ou encomenda do PT ou da campanha de Dilma para montagem de dossiê”. Esses episódios, lembra o presidente do partido, são de setembro e outubro do ano passado, quando não havia campanha e o PT estava em processo de eleição interna. “Eu não era nem presidente do PT ainda, estava em campanha para ser”.

Polícia Federal – Em nota divulgada hoje (20), a Polícia Federal desmentiu o jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira (20), que estampou, em manchete, o seguinte título: “PF liga quebra de sigilo fiscal de tucano à pré-campanha de Dilma”. Segundo a nota, a PF concluiu que a quebra de sigilo “ocorreu entre setembro e outubro de 2009” (quando não havia pré-campanha) e que o levantamento das informações foi utilizado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. “no interesse de investigações próprias”.

Para José Eduardo Dutra, a Folha só errou na manchete ao dizer que a encomenda foi do Partido dos Trabalhadores. “A manchete correta, comprovada pela PF, deveria ser ‘PF liga quebra de sigilo fiscal de tucano à pré-campanha de José Serra'”, afirmou.

A nota da PF diz ainda que não foi comprovada a utilização dos dados em campanha política. “A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação”, cita o texto.

Agressão a Serra -Dutra também falou na coletiva à imprensa sobre a agressão que o candidato José Serra sofreu em um ato de campanha no Rio de Janeiro, nesta quarta. Um objeto atingiu o candidato em meio a uma confusão entre militantes das duas campanhas.

“Acho lamentável que tenha acontecido, repudiamos qualquer tipo de violência física em campanha”, afirmou o presidente do PT.

Ele afirmou ainda que se a agressão foi cometida por algum militante do PT, o manifestante merece censura do partido. “Entendemos que isso não contribui para a campanha”, disse Dutra.

Equipe Informes com agências

 

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