Cardozo aponta ‘indícios veementes’ de elo do PSDB com panfletos contra Dilma

30-04-10-jose eduardo cardoso-D1O secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardozo (SP), um dos coordenadores da campanha da presidenciável Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda (18) que há “indícios veementes” de participação do PSDB na tentativa de distribuir panfletos que relacionam a candidata petista à defesa da discriminalização do aborto. Cardozo acrescentou que cerca de 20 milhões de panfletos estavam para ser distribuídos, além de ações de telemarketing contra Dilma Rousseff organizados pela oposição.

“Há indícios veementes de que os folhetos possam ter sido produzidos pela campanha de nosso adversário. A gráfica é de uma filiada ao PSDB, ela é irmã de pessoa de estrita confiança do candidato”, disse Cardozo em entrevista coletiva na sede nacional do PT, em São Paulo.

José Eduardo Cardozo informou que o PT protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) provas de ligação do PSDB com a Editora Gráfica Pana, situada no bairro do Cambuci, em São Paulo, onde a Polícia Federal apreendeu neste domingo (17) folhetos assinado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) contra Dilma Rousseff.

“É indiscutível a relação com a campanha de José Serra. É evidente que não poderíamos deixar de entrar com uma ação pública. Os fatos são graves. A central de calúnias que vem atingindo a nossa candidata começa a ter seus autores identificados. É uma coisa tão articulada que não pode ter sido feita por amadores”, disse Cardozo

Uma das donas da gráfica Pana é Arlety Satiko Kobayashi, irmã de Sérgio Kobayashi, coordenador de infraestrutura da campanha de José Serra. Na gráfica, uma funcionária confirmou que Arlety é dona da empresa, mas que ela não se pronunciaria. Arlety é filiada ao PSDB desde 27 de março de 1991, de acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral, e sua situação de filiada é considerada regular.

Contrato Social – José Eduardo Cardozo apresentou cópia do contrato social da gráfica no qual figuram Arlety e Alexandre Ogawa como sócios. Além disso, o deputado disse que o pai de Alexandre, Paulo Ogawa, trabalhou no Ministério da Saúde, nomeado em 2000 por portaria do então ministro da Saúde, José Serra.

José Eduardo Cardozo disse que o PT não questiona o teor da nota da Regional Sul 1 da CNBB, mas sim quem solicitou as cópias à gráfica e como seriam distribuídas. “O folheto representa propaganda eleitoral ilícita pois não tem CNPJ. O próprio TSE reconheceu isso. Queremos saber quem pagou esse panfleto, como seria distribuído e de que forma. Temos convicção de que chegaremos aos autores”, afirmou.

Cardozo disse ainda que, caso se confirme que o bispo da Diocese de Guarulhos, Luiz Gonzaga Bergonzini, encomendou as cópias, ele deve responsabilizado.

Equipe Informes, com agências

 

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