Lideranças religiosas vão combater boatos contra Dilma

walter pinheiro e gilma machado-14-10-10Líderes cristãos reforçaram o apoio à candidata Dilma Rousseff e assumiram o compromisso de combater a onda de boatos que tenta contaminar a campanha eleitoral. Em encontro com o presidente Lula e Dilma em Brasília, na quarta-feira, bispos e parlamentares avaliaram que a boataria pode provocar um inédito conflito religioso no Brasil.

O senador eleito, deputado federal Walter Pinheiro (PT-BA), que participou do encontro, lembrou que o presidente Lula enfrentou, em 2003, boatos similares aos que a candidata Dilma vem enfrentando. “Lula ia fechar as igrejas, espalharam. E foi justamente com a chegada de Lula que foi garantida a liberdade de culto religioso no Brasil”, disse em referência à Lei Nº 10.825, que alterou o Código Civil. “Dilma não é candidata à pastora, é candidata à presidente do Brasil; o seu compromisso é com o avanço dessas políticas públicas para todos os brasileiros, independentemente da opção religiosa de cada cidadão”, frisou.

Pinheiro afirmou ainda que a reunião com as lideranças religiosas serviu para ratificar o apoio do segmento à candidata Dilma Rousseff e à continuação das políticas públicas que melhoraram a vida da maioria da população brasileira.

“A reunião trouxe as questões próprias – o que é legítimo para qualquer setor num encontro dessa natureza – mas foi o momento de assumir o compromisso de combater os boatos contra nossa campanha e, ao mesmo tempo, reafirmar que o importante é Dilma dar seguimento às políticas do Governo Lula que olharam mais para os que mais precisam”, afirmou Pinheiro.

O deputado Gilmar Machado (PT-MG), também presente à reunião, informou que o encontro tirou um grupo de apoio à candidata que viajará pelo país demonstrando a verdade sobre as posições da Dilma com relação à família e desmentindo os boatos que têm sido espalhados pela campanha tucana de José Serra. “Vamos para a porta das igrejas disputar o marketing da campanha de baixo nível que o PSDB faz. Vamos esclarecer que a candidata tem posições firmes em defesa da vida e da família, valores importantes para todos cristãos. Vamos combater a série de calúnias”, reiterou . Gilmar Machado frisou que deputados e senadores ligados às igrejas evangélicas estarão aonde a candidata estiver neste segundo turno, engajados nesse processo de esclarecimento. Nesta quarta, o senador eleito Walter Pinheiro acompanha Dilma no Pará.

Estado laico – Na reunião, Dilma assumiu novamente o compromisso de não enviar propostas legislativas ao Congresso tratando de temas polêmicos para os cristãos. “O que nós decidimos é que eu não mandaria nenhuma legislação que afetasse a questão relativa a qualquer legislação que altere questões que impactem na religião. O Estado brasileiro é laico e essa legislação eu não enviaria ao Congresso, tanto alteração na lei de aborto, quanto todas as outras. E ficamos de discutir os termos de uma carta compromisso. Mas o grande compromisso que eu assumo é o compromisso com o Estado laico, que não vai interferir nas decisões a respeito das questões religiosas”, relatou.

Dilma também explicou que em relação ao projeto de lei que trata da criminalização da homofobia há pontos que não são aceitáveis. “A união civil diz respeito ao direito civil dos cidadãos. Outra coisa é o casamento entre homossexuais ou quaisquer outras opções sexuais. Isso diz respeito às igrejas. Ninguém pode interferir nisso. Exemplo: no PL [projeto de lei] 122 há criminalização da homofobia, mas há também a criminalização das manifestações contra essa relação dentro das igrejas. Dentro das igrejas é problema das igrejas. Não posso dar direito a uns e tirar de outros. A parte relativa a condenar o preconceito contra o homossexual nós todos temos que endossar. Agora a parte relativa a criminalizar as igrejas é um absurdo. Criminalizar, colocar punição é um absurdo, é um excesso”, disse.

Denise Camarano com site da candidata Dilma Rousseff

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