Linguagem indígena: estudo documenta música e língua ameaçados de extinção

 

carlos_AbicalilO Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), de Belém (PA), promove nesta quarta-feira(29), palestra sobre o registro das formas assobiadas e instrumentais das línguas indígenas gavião e suruí, de Rondônia. o deputado Carlos Abicalil (PT-MT) alerta para a importância de se preservar um dos patrimônios culturais brasileiros: as línguas dos povos indígenas.

A palestra, que será ministrada pelo pesquisador associado do MPEG, Julien Meyer, pós-doutor em documentação de música e línguas ameaçadas, vai apresentar a metodologia de documentação utilizada no projeto Documentação, Análise e Descrição das Formas Assobiadas e Instrumentais das Línguas Gavião e Suruí de Rondônia – Família Monde.

Por meio do projeto, foram realizados estudos lingüísticos sobre duas formas pouco conhecidas da fala, com enfoque nas relações entre aspectos linguísticos e aspectos musicais nas línguas. Estas práticas consistem em um discurso emulado em assovios para diálogos à distância e canções adaptadas a sons musicais com instrumentos. Quase não há estudos sistemáticos sobre esses fenômenos na Amazônia. No entanto, a região é um dos raros lugares do mundo onde diversas línguas indígenas ainda se expressam dessa maneira.

De acordo com o deputado Carlos Abicalil, “as línguas indígenas brasileiras, por se tratarem de um patrimônio cultural imaterial do País, precisam ser preservadas e registradas para conhecimentos das novas gerações”. Abicalil destaca a importância da inclusão, pela primeira vez, da língua falada pelos índios no censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deste ano. Ainda, segundo o deputado, com o mapeamento das línguas indígenas, será possível estabelecer políticas públicas visando a preservação desse bem cultural.

Ministério da Ciência e Tecnologia com Salis Chagas, estagiário

 

 

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