Governo eleva projeção do PIB para 7,2% em 2010

pedro eugeni D 2O governo federal revisou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (soma de todos os bens e serviços produzidos no país). A nova projeção para o ano de 2010 passou de 6,5% para 7,2%.

O Poder Executivo enviou nesta segunda-feira ao Congresso Nacional o Relatório de Avaliação das Receitas e Despesas do Orçamento 2010 no qual aponta a possibilidade de liberação de R$ 1,7 bilhão nas despesas de custeio e investimento para os órgãos da administração pública e revê a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (soma de todos os bens e serviços produzidos no país). A nova projeção para o ano de 2010 passou de 6,5% para 7,2%.

O Ministério do Planejamento divulgou nesta segunda-feira novos parâmetros para as contas fiscais no ano: variação da inflação oficial medida pelo IPCA caindo de 5,2% para 5,1%; taxa de câmbio média em R$ 1,78; taxa básica de juros (Selic) média subindo de 9,60% para 9,81% ao ano e PIB nominal em R$ 3,534 trilhões.

O relatório enviado ao Congresso Nacional aponta queda de R$ 3,89 bilhões nas receitas administradas (impostos) do Tesouro. Mas também considera receitas extras, como R$ 3 bilhões adicionais em dividendos de estatais programados até o fim do ano, junto com R$ 390 milhões em novas contribuições ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Essas estimativas não constavam da avaliação do terceiro bimestre.

Embora haja expectativa de ligeiro aumento nas despesas globais, segundo o Planejamento haverá aumento de receitas na Previdência Social. A nova estimativa considera acréscimo de R$ 2,5 bilhões na arrecadação líquida e queda de R$ 1,8 bilhão nos benefícios. Desta forma o déficit previdenciário deverá ficar em R$ 44,9 bilhões, ante os R$ 45,69 bilhões projetados anteriormente. A avaliação de receitas e despesas do governo no quarto bimestre leva em conta o resultado do PIB para o segundo trimestre do ano, divulgado pelo IBGE, acima do esperado pelo governo.

Segundo o deputado Pedro Eugênio (PT-PE), os dados divulgados representam uma realidade positiva que já vinha sendo apontada por analistas, o processo de aceleração do crescimento. “É isso que o governo vem perseguindo, um crescimento continuado e com controle inflacionário. Por outro lado, números gerais mostram que há crescimento de investimento público e privado acima do crescimento do PIB. A taxa de crescimento da formação bruta de capital (investimentos que aumentam a produção de bens para o consumidor final) está se fortalecendo e é um fator de combate à inflação mais saudável que o aumento de juros”, disse.

Sobre a previsão de ligeira alta da Selic, o deputado afirmou que elevar a taxa de juros “não deverá ser necessário, uma vez que já estão dadas as condições para que a Selic comece um processo de retração – o que, por sua vez, liberaria mais recursos para a economia com a redução dos pagamentos da dívida interna”, afirmou.

Focus: mercado aponta crescimento do PIB pela terceira semana seguida

Equipe Informes, com Agências

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